“A Lei do Amor” parece ter finalmente entrado no ritmo ideal para uma novela das nove. Com a consagração de Magnólia (Vera Holtz) como vilã – no capítulo de terça-feira (10), ela assassinou Beth (Regiane Alves) – e a concentração da narrativa na trama central, a novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari começa a recuperar a audiência perdida e a resolver os problemas que a atingiram, em meio às reformulações em razão dos índices insatisfatórios.
Neste último caso, se encaixam as saídas injustificáveis de alguns personagens – o excesso de tipos, alguns pouco ou nada aproveitados, foram um dos motivos apontados para o fraco desempenho da trama. Varrida do folhetim em dezembro, Aline, vivida por Arianne Botelho, deve voltar em breve.
A ordinária filha de Misael (Tuca Andrada) e Yara (Emanuelle Araújo) havia perdido função com o desvio de rota pelo qual o plot envolvendo Isabela (Alice Wegmann) e Tiago (Humberto Carrão) passou. A função de Aline era desestabilizar o casal, movida pela paixão platônica que nutria pelo neto de sua patroa, Magnólia.
Após o desaparecimento de Isabela e a mudança no perfil de Letícia (Isabela Santoni), convertida em mocinha ajuizada e agradável, Aline minguou – saiu de cena após ser flagrada pelo pai enquanto tentava seduzir Gustavo (Daniel Rocha), num interesse repentino e mal explicado pelo frentista criminoso. Diferente de outros personagens retirados de “A Lei do Amor”, e que não até agora não fizeram falta alguma, Aline era das figuras mais interessantes da trama; justamente por isso, sua saída causou surpresa no público.
Contudo, apesar do “resgate” da menina má, os autores continuarão a eliminar figuras sem função. Caso de Lia (Mônica Torres), que deixa o folhetim na companhia do enteado, David (Rafael Lozano), reduzindo o núcleo familiar de Olavo (Tato Gabus), advogado dos mocinhos Pedro (Reynaldo Gianecchini) e Helô (Cláudia Abreu).