Clássico da TV, “Sítio do Picapau Amarelo” encantou duas gerações; série faz 40 anos

Zilka Salaberry, André Valli e Jacyra Sampaio no "Sítio do Picapau Amarelo".
Zilka Salaberry, André Valli e Jacyra Sampaio no “Sítio do Picapau Amarelo”

Neste 7 de março um dos programas destinado às crianças de maior prestígio e repercussão de todos os tempos chega aos 40 anos. Mas não só os que estão nesta faixa etária guardam boas lembranças do “Sítio do Picapau Amarelo”, adaptação da obra de Monteiro Lobato, escrita por nomes como Benedito Ruy Barbosa e Wilson Rocha, com direção de Geraldo Casé e supervisão de Edwaldo Pacote.

Nos anos 90, reprises off-Globo possibilitaram que um público diferente conhecesse o reino da fantasia no qual se converteu o sítio de Dona Benta (Zilka Salaberry), em meio às travessuras dos netos Pedrinho (Júlio César) e Narizinho (Rosana Garcia), às crenças de Tia Nastácia (Jacyra Sampaio), a inteligência adquirida nos livros do sabugo de milho Visconde (André Valli) e a pílula falante que deu voz à boneca de pano Emília (Dirce Migliaccio, Reny de Oliveira e Suzana Abranches).

Em 10 de outubro de 1994, a TVE (hoje TV Brasil), parceira da Globo no projeto, resgatou alguns episódios da atração, em dois horários (9h50 e 15h30), começando com os clássicos “A Cuca Vai Pegar” e “O Minotauro”. Geraldo Casé respondeu pela seleção de histórias e reedição, além de gravar “cabeças”, com Zilka Salaberry e Jacyra Sampaio, apresentando a atração para a geração anos 90.

O êxito de empreitada levou o “Sítio do Picapau Amarelo” para a TV Cultura – que hoje reexibe a versão 2001, sem a mesma empatia de 1977 –, em agosto de 1995. Nas férias de julho de 1996, foi a vez da Globo recorrer ao programa para animar a temporada da “TV Colosso”. Desta vez, os episódios traziam a mais clássica das “Emílias”, Reny de Oliveira, e os “novos” Pedrinho e Narizinho, Marcelo José e Daniela Rodrigues – que quase foi substituída por uma novinha Lisandra Souto em 1983 (Izabela Bicalho foi quem acabou ficando com a personagem).

O fascínio que o “Sítio” exercia sobre mim certamente foi o que exerceu em outras crianças da época. Éramos diferentes dos pequenos de 1977, claro: possuía empatia pela Cuca (Dorinha Duval/Catarina Abdalla), que aterrorizou meus pais quase vinte anos antes; gostava mais de Tia Anastácia do que de Dona Benta, reflexo da minha admiração por Jacyra Sampaio, que tinha visto atuar em “Despedida de Solteiro”.

E hoje, chego ao fim deste dia mergulhado na nostalgia desde tempo bom. Na década de 90, o resgaste da memória da televisão se fazia tão necessário quanto hoje. Quanto se fez depois, nas reedições da obra imortal de Monteiro Lobato, em série e desenho. Como se fará sempre… Quisera eu ter meu pó de pirlimpimpim e resgatar o “Sítio do Picapau Amarelo”, de 40 anos atrás, outra vez.

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Duh SeccoDuh Secco
Duh Secco é  "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.