Um dado curioso a respeito da direção de programação do Sexy Hot, canal pornográfico da Globosat, vem dando o que falar. Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, o controle de qualidade dos filmes adquiridos pela emissora é feito majoritariamente por mulheres – e não por homens, como o senso comum poderia levar a crer.
Das 12 pessoas responsáveis por analisar os títulos candidatos à compra pelo Sexy Hot, dez são mulheres. E elas são bastante exigentes em sua avaliação, diga-se de passagem: assistem com muita atenção cada minuto dos filmes enviados pelas produtoras pornôs e, quando consideram algum trecho inapropriado, solicitam imediatamente o corte da cena ao grupo responsável. Se o pedido não for aceito, cancela-se a compra, simples assim.
Agora, qual o critério de “impropriedade” adotado pela comissão avaliadora da Globosat quando se trata de conteúdo adulto? Ainda de acordo com Feltrin, são requeridos os cortes de sequências que apresentam, por exemplo, uma espinha muito visível na nádega de uma atriz ou a presença de fluidos e excrementos corporais indesejados. Erros de português realmente crassos nos diálogos entre atores, podem acreditar, também já motivaram o descarte de determinadas cenas.
A existência das “meninas do Sexy Hot” – como elas são conhecidas no mercado pornográfico – gera curiosidade, uma vez que o público consumidor desse tipo de atração é predominantemente masculino.