Marcão do Povo deixou a Record faz tempo; inclusive, já dá expediente no SBT, no ainda claudicante “Primeiro Impacto”. Mas a passagem do apresentador pela afiliada de Brasília, onde comandou o “Balanço Geral”, segue trazendo transtornos para o canal. A Procuradoria da República do Distrito Federal entrou com ação civil pública contra a emissora, exigindo uma indenização e a veiculação de campanhas educativas.
Segundo a revista “Veja”, estima-se que a emissora deverá desembolsar cerca de 500 mil reais num fundo nacional de combate à discriminação. Além da exibição, durante dez consecutivos, de mensagens de repúdio a praticas discriminatórias, produzidas pela própria Record e veiculadas no horário em que o “Balanço Geral” é exibido.
Todo esse processo se refere ao episódio ocorrido nas primeiras semanas de janeiro, quando Marcão do Povo, durante o quadro “A Hora da Venenosa”, disse que Ludmilla era “pobre, macaca, pobre, mas pobre mesmo”. O comentário ganhou as redes sociais na semana seguinte; telespectadores passaram a exigir uma retratação do apresentador e da empresa.
A Record, de início, tentou contemporizar, ratificando a versão de Marcão de que o termo “pobre macaca” era uma expressão regional para indivíduos que “subiram de vida”. Sem êxito na empreitada, a emissora acabou por rescindir o contrato com Marcão do Povo, então convocado por Silvio Santos.