Uma pesquisa realizada pelo instituto GfK revelou dados curiosos a respeito da preferência popular por gêneros televisivos no segundo semestre de 2016. A empresa constatou que o formato de maior alcance entre os brasileiros no período de julho para cá são os noticiários, que passaram à frente de outras atrações voltadas para o entretenimento.
A segunda e a terceira posição são ocupadas, respectivamente, pelas novelas e os filmes, dentre as 15 regiões metropolitanas pesquisadas. Esses dados correspondem à média nacional – há diferenças de uma região para a outra. No Sul, por exemplo, a preferência maior é pelos filmes, cabendo ao jornalismo e às telenovelas os respectivos segundo e terceiro lugar. Já no Nordeste, são os programas de auditório que detêm majoritariamente o apreço popular.
O estudo oferece dados ainda mais pormenorizados. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a cobertura do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff centralizou o interesse de 35,1 milhões de telespectadores. Acontecimentos específicos desse entrecho, como o discurso da petista durante o processo, em 29 de agosto, e a posse do presidente Michel Temer, no dia 31, foram assistidos por 7,2 milhões e 18 milhões de indivíduos, respectivamente.
Para o diretor-geral de Mediação de Audiência da GfK no Brasil, Flávio Ferrari, a análise do consumo de TV pelos brasileiros no segundo semestre reflete de forma muito clara os diferentes momentos e situações vivenciados no País. “O momento conturbado para a política brasileira impacta diretamente no aumento do consumo de informação. O comportamento do consumidor de TV também muda diante de situações factuais como férias, dias com muita chuva, falta de recursos para entretenimento fora de casa, etc.”, analisa.