10 novelas que (quase) viraram séries nos Estados Unidos e você não sabia

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Gina Rodriguez é a estrela de “Jane, the Virgin” (Imagem: Divulgação / CW)

15 anos atrás, pouca gente acreditava que folhetins latino-americanos poderiam render séries de sucesso nos Estados Unidos. Hoje, porém, essa prática já se tornou tão corriqueira que ninguém estranhará se uma nova série com inspiração em algum dramalhão castelhano se tornar o novo hit da temporada.

A seguir, relembre alguns projetos – uns bem sucedidos, outros nem tanto, e vários deles sequer concretizados – de transformar telenovelas em atrações semanais na terra do Tio Sam:

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America Ferrera foi a protagonista de “Ugly Betty” (Imagem: Reprodução / ABC)

1- BETTY, A FEIA

Adaptação completamente livre da novela colombiana “Yo Soy Betty, la Fea” (“Betty, a Feia”), “Ugly Betty” foi recordista de popularidade a seu tempo e durou quatro temporadas, produzidas entre 2006 e 2010. America Ferrera viveu a personagem principal, dividindo os créditos principais da série com Eric Mabius.

O sucesso do programa, inclusive, foi o precedente responsável por gerar um boom de interesse dos showrunners norte-americanos pelos melodramas do outro lado do continente como base de inspiração para suas produções.

Vale lembrar que já está em desenvolvimento uma nova adaptação da história da feia para a TV dos EUA, intitulada “Betty in New York” e produzida pelo canal hispânico Telemundo, voltado ao público latino que reside em território americano.

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A virgem dos EUA foi inspirada na virgem da Venezuela (Imagem: Divulgação / CW / Venevisión)

2- JOANA, A VIRGEM

O folhetim escrito por Perla Farías em 2002 foi um fenômeno na Venezuela, seu país natal, e acabou atingindo um sucesso internacional que há tempos a dramaturgia local não via, sendo exportado para nações inimagináveis. Uma delas foi o Brasil, onde a trama fez relativo sucesso em sua exibição pela Rede Record.

Em 2014, a produtora executiva Jennie Snyder Urman recordou esse sucesso de pouco mais de uma década para produzir “Jane, the Virgin”, uma versão bastante moderninha da conservadora trama original, e que acabou se revelando toda uma homenagem aos imigrantes latinos que residem nos Estados Unidos. Bem recebida pela audiência e pela crítica especializada, a atração já exibiu três temporadas completas e foi renovada para uma quarta, a qual deve estrear em outubro deste ano na TV americana.

A premissa da série é praticamente a mesma da novela: a heroína Joana Perez / Jane Alba (Daniela Alvarado / Gina Rodriguez) engravida sendo virgem, graças a uma inseminação artificial realizada por engano e acaba se apaixonando pelo pai da criança, Maurício de la Vega / Rafael Solano (Ricardo Álamo / Justin Baldoni).

A diferença está na maneira de contar: “Jane, the Virgin” tem pitadas de humor e ironia, com direito até a um pai galã de novela mexicana para a protagonista – papel do astro latino Jaime Camil, famoso pela presença em folhetins como “A Feia Mais Bela” e “Por Ela Sou Eva”.

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Alice Braga é a protagonista de “Queen of the South” (Imagem: Divulgação)

3- A RAINHA DO TRÁFICO

Em 2011, a rede hispânica Telemundo inovou com o lançamento de “La Reina del Sur”, trama diária adaptada do livro original de Arturo Pérez-Reverte e pioneira no gênero hoje conhecido como “narconovela”, popularíssimo em vários países. A história de Teresa Mendoza (Kate del Castillo), jovem que se envolve no mundo do tráfico após o assassinato do noivo, chegou a ser transmitida no Brasil pelo canal pago Mais Globosat, sob o título de “A Rainha do Tráfico”.

Em 2016, o canal USA Network decidiu tirar uma casquinha desse fenômeno de popularidade e produziu “Queen of the South”remake do programa hispânico que trouxe como protagonista a brasileira Alice Braga – sobrinha de Sônia Braga – e o português Joaquim de Almeida.

Embora inicialmente má recebida pela crítica, “Queen of the South” aos poucos foi se firmando como um sucesso da TV estadunidense e deve estrear ainda este ano sua terceira temporada.

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“Hollywood Heights” é a versão estudunidense de “Alcanzar Una Estrella” (Imagem: Divulgação / Televisa / Nickelodeon)

4- ALCANÇAR UMA ESTRELA

Embora não seja muito lembrada nos dias atuais, “Alcançar Uma Estrela” foi um hit da década de 1990, quando foi concebida pelas mãos do produtor mexicano Luis del Llano. A história musical, que chegou a ser exibida no Brasil pelo SBT, girava em torno de Lorena Gaytán (Mariana Garza), adolescente “patinho feio” que consegue a façanha de conquistar o amor do cobiçado popstar Eduardo Casablanca (Eduardo Capetillo), de quem é fã número um, e de quebra ainda se torna uma cantora de sucesso.

De olho no sucesso das antigas, a Nickelodeon fechou parceria em 2012 com a Televisa para produzir “Hollywood Heights” (Nas Alturas de Hollywood), uma série de 80 episódios que transpôs para os dias atuais a história mexicana noventista. Desta vez, a figura central foi Loren Tate (Brittany Underwood), garota tímida que ganhava um concurso de composições apadrinhado pelo cantor do momento, Eddie Durán (Cody Longo), e “de brinde” ainda levava o coração do bonitão.

Inédita no Brasil, “Hollywood Heights” chegou a ser exibida dublada em espanhol pela MTV castelhana, onde ganhou o título de – adivinhem – “Alcanzar Una Estrella”.

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Luciano Castro e Carla Peterson estrelaram a argentina “Lalola” (Imagem: Divulgação / Telefe)

5- LALOLA

Produzida em 2007 na Argentina, a comédia romântica “Lalola” foi sucesso em vários países – inclusive no Brasil, onde foi ao ar pelo SBT – narrando as desventuras de um homem machista, Lalo (Juan Gil Navarro), que graças ao feitiço de uma ex-namorada vingativa se transformava em uma mulher, Lola (Carla Peterson). A trama acabou se tornando uma espécie de “Betty, a Feia” dos anos 2000, com versões em países como Espanha, Chile, Portugal e Rússia.

Em 2009, provavelmente inspirado pelo mega-êxito de “Ugly Betty” na TV americana, o produtor Kevin Falls (de séries como “The West Wing” e “Minority Report”) desenvolveu o projeto de uma versão estadunidense de “Lalola”, batizada sugestivamente de “Eva Adams”.

Coube à atriz Rhea Sheeron, a Kim Wexler de “Better Call Saul”, interpretar a personagem-título do programa, versão feminina do conquistador empedernido Adam Evanston (Will Arnett, “Desventuras em Série”). Já o grande amor da heroína foi vivido por ninguém menos que James Van Der Beek, o eterno protagonista de “Dawson’s Creek”.

A princípio tida como um projeto promissor, “Eva Adams” não saiu do papel porque o piloto foi reprovado pela rede ABC, que iria transmitir a série. Apesar disso, você pode conferir o episódio inicial (e único) da atração no link abaixo.

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Eva Adams – Pilot – LaLola from RAMPANTE on Vimeo.

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JLo já quis produzir remake de “Rebelde” (Imagem: Divulgação)

6- REBELDE

Outro projeto criado na empolgação da era “Ugly Betty”, mas que também acabou não vingando. A ideia de produzir uma versão americana de “Rebelde” partiu da atriz e cantora Jennifer Lopez, que em 2009 adquiriu os direitos da novela argentina “Rebelde Way” – versão original do famoso folhetim da Televisa – para refilmá-la através da Nuyorican Productions, sua produtora em parceria com Simon Fields.

A trama em questão ganhou o título provisório de “Rebel’s Day” e já tinha até roteirista definido: Duane Adler, que assinou os filmes da franquia “Ela Dança, Eu Danço”. No entanto, até hoje não se sabe exatamente por quê, a ideia acabou engavetada sem sequer ter seu piloto filmado para avaliação pelo canal Fox, que iria transmitir a série nos Estados Unidos. Uma pena, né?

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“Rubi” também quase virou série nos EUA (Imagem: Divulgação / Televisa)

7- RUBI

Uma das novelas mexicanas mais famosas dos últimos quinze anos, “Rubi” também despertou a atenção dos showrunners dos Estados Unidos, em especial de dois deles: Lisa Loomer (“Hearts Afire”) e Michael Garcia (“Devious Maids”), que ficaram responsáveis por produzir, em 2012, a série inspirada no dramalhão latino.

O roteiro seria assinado pela própria Lisa e a produção ficaria a cargo da 20th Century Fox, em parceria com a Televisa, detentora do argumento original. A empolgação com o projeto, porém, logo foi se esvaindo e a “Rubi” estadunidense acabou indo parar na gaveta, de onde infelizmente não deve mais sair…

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Sophie Charlotte e Patrícia Pillar estrelaram versão mais recente de “O Rebu” (Imagem: Divulgação / Globo)

8- O REBU

No longínquo ano de 1974, o autor teatral Bráulio Pedroso causou frisson na televisão brasileira com sua ousada novela “O Rebu”, que girava em torno da investigação de um assassinato cometido em uma festa da alta sociedade. Em 2014, a Rede Globo resolveu investir em um remake bastante atualizado – e alterado – da trama original, que infelizmente não obteve o mesmo sucesso.

Apesar disso, o formato da nova “O Rebu” acabou chamando a atenção dos produtores estadunidenses Josh Schwartz e Stephanie Savage, responsáveis por sucessos como “The O.C.” e “Gossip Girl”. Mais do que depressa, a dupla entrou em contato com a Globo para adquirir os direitos da história, que iria se transformar num seriado intitulado “The Party” (A Festa).

No entanto, ao que parece as negociações da Globo com o canal ABC não avançaram, culminando no cancelamento do projeto. Informações jamais confirmadas – mas nem por isso necessariamente inverídicas – dão conta de que foi a própria Globo quem barrou o remake americano, uma vez que a ABC não aceitou a exigência da emissora brasileira de participar do projeto na qualidade de co-produtora.

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“Flinderella”, desenho animado inspirado em “Floribella” (Imagem: Reprodução / Discovery Kids)

9- FLORIBELLA

A novelinha infantil estrelada por Juliana Silveira, que fez sucesso na Band em 2005, para quem não sabe, é uma adaptação da trama argentina “Floricienta”, assinada pela mesma criadora de “Chiquititas” e “Rebelde”.

O sucesso do formato portenho acabou inspirando diversas versões, não só no Brasil, mas também em Portugal, Colômbia, Chile e México. Relembrando esse êxito, o canal Discovery Kids anunciou em 2015 a produção de uma série em desenho animado inspirada em “Floricienta” – e ainda hoje, quase três anos depois do pontapé inicial, ainda em desenvolvimento.

Batizada de “Flinderella” (neologismo de “Flor”, nome da protagonista, com a clássica princesa “Cinderella”), a atração é uma parceria por Cris Morena, produtora da novela argentina, e o cineasta Juan José Campanella, que ganhou o Oscar 2012 de Melhor Filme Estrangeiro com seu longa O Segredo dos Seus Olhos. A protagonista, Flor, desta vez será uma adolescente, mas teria uma rotina muito parecida à da heroína original, trabalhando como babá dos cinco herdeiros mais jovens da família alemã Fritzenwalden.

A pré-produção de “Flinderella” ganhou força no primeiro semestre deste ano, com direito ao lançamento de um trailer com trechos da animação que está por vir, e deve debutar nas telas do Discovery Kids norte-americano em 2019.

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“Grachi” também ganhou remake nos EUA (Imagem: Divulgação / Nickelodeon)

10- GRACHI

Um dos maiores sucessos da teledramaturgia latina da Nickelodeon, a história da travessa bruxinha Grachi (Isabella Castillo) foi sucesso entre crianças de todo o mundo, inclusive o Brasil, chegando a ultrapassar a marca de 200 capítulos em três temporadas distintas.

De olho nesse boom, a própria Nickelodeon decidiu conferir uma roupagem mais “internacionalizada” à novelinha, criando assim o remake “Every Witch Way” (O Caminho de Toda Bruxa), produzido e falado totalmente em inglês.

Estrelada por Paola Andino, atriz porto-riquenha naturalizada norte-americana, a nova versão era semanal e condensou os acontecimentos da obra original em cerca de 70 episódios semanais, mas acabou fazendo até mais sucesso que a própria “Grachi”, a ponto de ter ganhado uma quarta temporada com um arco inédito.

Após o fim de “Every Witch Way”, a Nick tentou alongar ainda mais o filão “bruxonildo” com a produção de um spin-off da atração estadunidense, “WITS Academy”, que infelizmente não logrou o mesmo êxito e foi rapidamente cancelado.

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