Alceu Valença foi entrevistado por Pedro Bial na madrugada deste sábado (20) e comentou sobre a Lei Rouanet, criticada abertamente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus eleitores. O cantor, que despontou nos anos 70, lembrou da primeira vez que conversou com Luiz Gonzaga.
VEJA ESSA
Ele disse que encontrou com o rei do baião após um show em Juazeiro. Assim que saiu do palco, o músico foi atrás de um dos seus ídolos e perguntou a Gonzaga o que achou da apresentação. “Sabe o que está fazendo meu filho? Uma banda de pífano elétrica!”, avaliou.
Foi graças a Luiz que sua música ganhou compreensão do grande público e de seus colegas. “Naquela época uns diziam que eu não era MPB porque eu usava guitarra, e os caras da MPB diziam que eu era rock’n’roll”, recordou.
Durante a conversa, Valença opinou sobre o significado da Lei Rouanet na vida dos artistas. “Ela favorece a indústria”, argumentou ele, que reclamou da estigmatização de sua classe: “Artista era para ser bêbado, artista era para ser irresponsável, isso quando eu era menino”.
Em isolamento social, a entrevista aconteceu com cada um na sua casa. Sobre a nova rotina, Alceu Valença admitiu: “Eu só estou entendendo onde eu moro, sinceramente, nessa quarentena”.
