Anitta usou o Twitter para desabafar sobre uma proposta que criminaliza o funk, que foi encaminhada para uma comissão do Senado Federal nesta sexta-feira (09). A cantora afirmou que é preciso que “invistam em educação primeiramente”.
A artista compartilhou a notícia sobre o assunto e escreveu: “22 mil desinformados que estão precisando sair do conforto de seus lares para conhecer um pouquinho mais do nosso país”. “Ta tudo ok com o Brasil já? Achei que tivesse coisa mais séria pra se preocupar do que com um ritmo musical que muda a vida de milhares”, continuou.
A emenda foi criada pelo empresário paulista Marcelo Afonso, que reuniu mais de 20 mil assinaturas no site do Senado com a proposta legislativa de criminalizar o funk. No texto, ele define: “São somente [o funk] um recrutamento organizado nas redes sociais por e para atender criminosos, estupradores e pedófilos a prática de crime contra a criança e o adolescente, venda e consumo de álcool e drogas, agenciamento, orgia, exploração sexual, estupro e sexo grupal (sic)”.
Já Anitta falou sobre a geração de renda que o gênero musical pode oferecer. “O funk gera trabalho, gera renda.. pra tanta gente… uma visitinha nas áreas menos nobres do nosso país e vocês descobririam isso rápido. Se o conteúdo das letras ou das festas não agradam é porque cresceram vendo e vivendo aquilo que cantam”, afirmou.
A artista, que fez várias postagens sobre o assunto, ainda questionou se vão proibir canções de outros países que não agradam aos “cultos ou é só uma descriminalização mais direcionada?”. A ideia de lei, vale ressaltar, não significa que o funk já foi proibido. Ela apenas foi encaminhada para a relatoria que pode dar andamento à lei ou não.
Confira as publicações:
Educação, queridos. Invistam em educação primeiro.
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Eu não quero nem imaginar a bagunça que viraria o país se um absurdo desses é colocado em prática.
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Ta tudo ok com o Brasil já? Achei que tivesse coisa mais séria pra se preocupar do que com um ritmo musical que muda a vida de milhares
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
O funk gera trabalho, gera renda.. pra tanta gente… uma visitinha nas áreas menos nobres do nosso país e vocês descobririam isso rápido
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Se o conteúdo das letras ou das festas não agradam é porque cresceram vendo e vivendo aquilo que cantam
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Dêem acesso a outros assuntos e cantarão sobre eles.
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Traduzirão as músicas de outros idiomas pra proibir as q não tem mensagens q agradam aos cultos ou é só uma discriminação mais direcionada?
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
“Dia de luz, festa de sol e o barquinho a deslizar no macio azul do mar” e antes de fazer dinheiro (com o funk) eu nao tinha condições nem
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
de pagar as conduções necessárias pra romaria de duas horas ate chegar no macio azul do mar. Quanto mais de fazer uma musica sobre isso
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
A lei certa deveria ser que todo filho de quem decide nosso futuro fosse obrigado a estudar em uma escola pública sem cursinho particular
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Que sua família fosse obrigada a frequentar os hospitais públicos…
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Nao mexe com quem ta quieto. Ou melhor… nao mexe com quem ta se virando pra ganhar a vida honestamente diante de tanta desigualdade
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017