Ex-ator mirim, Kaic Crescente viu a sua vida mudar de forma radical quando, aos 13 anos, sofreu um acidente de carro grave junto com a mãe e um amigo da família. Lamentavelmente, a sua carreira, àquela altura, muito promissora, precisou virar apenas lembranças do passado.
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“Foi uma tragédia na minha vida e é algo com que preciso lidar até os dias de hoje, física e psicologicamente. Quebrei a perna, levei 112 pontos no rosto e fiquei com cicatrizes, o que me impediu de continuar atuando. De lá para cá, passei por uma série de procedimentos estéticos e só agora é que as manchas estão desparecendo e já não chamam tanto a atenção“, contou em entrevista à colunista Patrícia Kogut.
Hoje ele tem 18 anos e está no ar no reprise de A Vida da Gente, na Globo. O rapaz afirmou que a repercussão da novela tem sido positiva e surpreendente.
“Eu assisto quase todos os dias. Está sendo muito legal, até porque, quando eu era mais novo, não tinha um entendimento total da trama. Agora, vejo com outros olhos. Tenho recebido muitas mensagens carinhosas de pessoas que se solidarizaram com o que passei e que falam para eu voltar. Isso me motivou demais. Já refiz o meu book numa agência artística e espero poder voltar a trabalhar logo“.
O ruivo começou sua carreira artística quando tinha apenas três anos, protagonizando comerciais de TV. Sua estreia em novelas aconteceu em 2009, quando integrou o elenco de Bela, a Feia, da Record.
“A minha família é de São Paulo e, por conta da minha carreira, nos mudamos para o Rio, onde estamos até hoje. Passei a minha infância inteira trabalhando e adorava essa rotina. Quando chegava da escola, o motorista ia me buscar em casa para as gravações“, relembrou
Após a trama global, Jayme Monjardim o convidou para atuar no longa O Tempo e o Vento, considerado pelo ator um dos momentos mais especiais de sua trajetória profissional. “Boa parte da equipe do filme era a mesma da novela. Foram meses de muitas viagens para o Sul. Tudo isso me marcou demais“, garantiu.
Longe do trabalho que ama, o artista precisou encontrar outras paixões para se dedicar. Foi quando o amor pela natureza e pelos animais falou mais alto e virou trabalho. “Sempre gostei de bicho e, com o tempo, me cerquei de animais. Hoje em dia eu tenho um minizoológico em casa. Tenho cobras, lagarto, araras e o meu cachorro. Eles fazem parte da minha rotina, me sinto bem com eles“, concluiu ele, funcionário de um petshop.
