Autoras de “Anos Incríveis”, folhetim para o horário das sete previsto para o segundo semestre de 2018, Izabel de Oliveira e Paula Amaral estão levando a vida que todo noveleiro pediu a Deus! As duas tem dedicado horas a livros, filmes e novelas que fizeram sucesso no início da década de 90, como preparação para a trama que escrevem, ambientada neste período.
Segundo informações da jornalista Patrícia Kogut, “Anos Incríveis” terá como protagonista um radialista que, nos anos 80, fez sucesso ancorando um programa sobre surfe; na década seguinte, a atração migrou para a TV – há informações de que a novela terá em seu enredo uma emissora musical, como a MTV, que surgiu no Brasil em 1990.
Muito provavelmente as produções audiovisuais revisitadas por Izabel e Paula servirão de base para a criação de outros personagens de peso: três jovens que fizeram sucesso como atores mirins, também nos anos 80, e que se reencontram no início da vida adulta.
“Anos Incríveis” deve substituir “A Barba Azul”, de Antonio Calmon e Guilherme Vasconcelos, que, por sua vez, ocupará a vaga de “Pega Ladrão”, cartaz das sete após “Rock Story”. O RD1, empolgado com o tema da produção e querendo dar aquele mãozinha para as autoras, preparou uma galeria com os títulos mais expressivos dentre as novelas exibidas na primeira metade dos anos 90.
Tony Ramos e Regina Duarte protagonizaram “Rainha da Sucata” (Imagem: Divulgação / Viva)
Em “Barriga do Aluguel”, Glória Perez deu início às discussões éticas e médicas, conflitos que norteariam seus trabalhos seguintes. Clara (Cláudia Abreu) alugava seu ventre para gerar o filho de Ana (Cássia Kis), que as duas viriam a disputar na justiça.
“Vamp” lançou a moda dos figurinos góticos, como os de Natasha (Cláudia Ohana); bombou principalmente com o público infanto-juvenil, representados pela imensa prole de Carmem Maura (Joana Fomm) e Capitão Jonas (Reginaldo Faria).
Com “Pedra Sobre Pedra”, Aguinaldo Silva investia em definitivo no gênero que dominaria as produções das oito na década: o realismo fantástico, de personagens exóticos como Jorge Tadeu (Fábio Jr) – que voltava à vida através de um flor.
Glória Pires se dividiu em duas – contando com o auxílio da dublê Graziela di Laurentis – em “Mulheres de Areia”. Os desacertos das gêmeas Ruth e Raquel registraram índices recordes para a faixa das seis.
Ivani Ribeiro se despediu da TV com “A Viagem”. A temática espiritualista, abordada através do amor transcendental de Dinah (Christiane Torloni) e Otávio (Antonio Fagundes), turbinou a venda de livros espíritas – e os números do horário das sete.
Em “Quatro Por Quatro”, Carlos Lombardi se consagrou como um autor de diálogos rápidos, sarcásticos e “safadinhos”. No centro da história, quatro mulheres vítimas do machismo, antecipando a discussão de agora, sobre empoderamento feminino.
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