Caco Barcellos reencontra dependente químico que entrevistou há 16 anos

Caco Barcellos e André Pierro
Caco Barcellos reencontra dependente químico que entrevistou há 16 anos (Imagem: Divulgação / Globo)

Quem circula na Praça Princesa Isabel, no centro de São Paulo, percebe desde março no local uma enorme concentração de dependentes químicos de crack, conhecida como fluxo, que o Profissão Repórter acompanha nesta terça-feira, dia 3.

Em meio a uma massa humana invisível para a sociedade, o programa revela a história de André Pierro, de 40 anos, que desde a adolescência luta para abandonar o álcool e o crack. Ele foi entrevistado por Caco Barcellos pela primeira vez em 2006, em uma das ruas da Cracolândia.

Dezesseis anos depois, eles se reencontram numa avenida da periferia de São Paulo. André está casado há quatro anos com Thalita da Silva, com quem tem uma filha. Quando eles se conheceram, André estava sóbrio e trabalhando, mas teve uma recaída em agosto do ano passado e ainda não conseguiu se recuperar.

A equipe do Profissão Repórter acompanhou as dificuldades enfrentadas por Thalita, que está desempregada e depende do auxílio do governo para sobreviver, e o momento dramático de mais uma internação de André em uma clínica para dependentes químicos. É a sétima vez que ele sai de casa para uma longa temporada de tratamento.

Profissão Repórter mostra situação tensa em que se encontram as ruas do local

Relatos dão conta de que criminosos ordenaram o abandono das ruas Helvétia e Alameda Dino Bueno. Não há mais comércio, nem pessoas circulando. Uma única casa permanece com moradores no antigo quadrilátero do crack. A família de Lays Pereira, mãe de três crianças, é uma das quatorze que ainda residem numa ocupação.

As repórteres Mayara Texeira e Sara Pavani registraram a última tentativa de remoção das famílias do imóvel para a construção de um prédio de apartamentos populares. Já o repórter Guilherme Belarmino e a repórter cinematográfica Gabi Vilaça mostram a atual situação da Cracolândia, na Praça Princesa Isabel, e revelam casos de usuários que, por conta, do intenso consumo de drogas  chegam a ficar meses sem sair do fluxo.

Eles recebem assistência de ONGs e coletivos que atuam na região. O Profissão Repórter conversou com pessoas que deixaram a Cracolândia ajudadas por esses projetos. Uma dessas pessoas é a costureira Edna Muniz, de 39 anos. Depois de viver três anos no fluxo com a filha pequena, ela conseguiu se reerguer.

O tratamento psiquiátrico de Edna é oferecido pelo grupo Teto, Trampo e Tratamento, que a acompanha há anos. O idealizador do projeto é o palhaço Flávio, que todas as quintas-feiras organiza um evento lúdico no meio do fluxo, que a reportagem também acompanhou.

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Henrique CarlosHenrique Carlos
Apaixonado por televisão e cinema, desde 2009 trabalha com internet. Já passou por grandes veículos de comunicação e teve experiência no rádio. Atualmente estuda para continuar crescendo na área e pode ser acompanhado através do perfil @henriquethe2 no Twitter.