Crítico do Governo Bolsonaro, Caetano Veloso disparou poucas e boas contra o presidente da República. O cantor garantiu que é uma experiência “triste” ser artista durante a atual gestão.
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Em entrevista para a AFP, o famoso falou sobre uma apresentação em Paris no mês passado em que, ao final do show, algumas pessoas pediram a renúncia de Bolsonaro.
“Quando ouvi alguém gritar ‘Fora Bolsonaro’, respondi ‘com certeza'”, lembrou Caetano Veloso, que acredita que existem paralelos inquietantes com épocas sombrias no Brasil, como durante a ditadura militar.
“Tudo o que é importante está sendo mal administrado pelo governo brasileiro. As decisões sobre a Amazônia são as mais abomináveis, assim como as muitas coisas horríveis que estão fazendo com a educação, cultura, ciência”, desabafou ele.
Caetano Veloso completou: “A única coisa que parece pior que a política para o meio ambiente de Bolsonaro é sua atitude diante da pandemia de covid, que matou mais de 600.000 pessoas em um curto período”.
O artista ainda ressaltou sobre o momento: “A euforia da extrema-direita é um fenômeno mundial. De alguma maneira, os conservadores, que eram conhecidos como a ‘maioria silenciosa’, demonstram que não querem continuar em silêncio”.
Recentemente, ele perdeu a ação contra o deputado Marco Feliciano, em que o acusava de injúria, difamação e calúnia. A defesa do artista alegou que recebeu a decisão do juiz Nelson Ferreira Junior, do TJDF com “perplexidade” e deixou claro que vai recorrer.
Caetano, de acordo com a publicação, ainda vai precisar arcar com os honorários dos advogados do pastor, que gira em torno de R$ 6 mil. Ele, para quem não se recorda, entrou com um processo contra Feliciano após sentir sua imagem prejudicada por ter sido acusado de estupro de vulnerável e ter sido chamado de “pedófilo” pelo pastor no Twitter, em 2017.