Catia Fonseca fala do Melhor da Tarde, dificuldades na pandemia e reality show

Catia Fonseca
Catia Fonseca fala do Melhor da Tarde, dificuldades na pandemia e reality show (Imagem: Reprodução / Band)

“Rainha dos merchans”, Catia Fonseca vem colhendo os louros de uma carreira sólida e construída ao longo de décadas na TV. Ela comanda o Melhor da Tarde, cuja direção é do marido Rodrigo Riccó, vespertino que tem feito a alegria da Band no quesito faturamento.

A apresentadora abriu o seu estúdio, na sede da Band, em São Paulo, para o repórter do RD1 Reuber Diirr, e conversou sobre diversos temas envolvendo o programa. Ela falou das novidades, dificuldades e de um reality show – que vem sendo guardado a sete chaves pelo diretor e pela apresentadora.

Catia comentou, por exemplo, a respeito do título que recebe por fazer muita publicidade em sua atração vespertina e disse não se incomodar. A comunicadora destacou que sempre buscou chamar a atenção de empresas para que sua imagem fosse linkada à de grandes nomes do mercado:

“Acho que não existe um ponto [de sucesso comercial]. Acho que há vários pontos. Primeiro, que não vemos os parceiros como clientes. São parceiros mesmo e a gente sempre teve uma abertura muito grande aqui na Band, com o Departamento Comercial, também. O Departamento Comercial e o [Departamento] Artístico não são concorrentes aqui. Isso é muito legal. Acho que somos todos um grupo só, e criamos ações diferenciadas. Tanto que temos ações que chamamos de bancada, pois há produtos que necessitam dessa forma. Fora isso, sempre colocamos no contexto de pauta do programa. Isso é muito bom, pois fazer isso é necessário que você acredite muito no produto.”

“Desde o início temos feito isso, que tem sido a grande marca do Melhor da Tarde junto ao Departamento Comercial. Às vezes o comercial diz que tem um produto, que nos pede para criar uma situação. Vira e mexe, temos um quadro formado que serve para algum cliente e sempre mantemos contato com estes para entender quais as necessidades deles, pois nos adequamos à elas”, ressaltou.

A titular do Melhor da Tarde também falou sobre as dificuldades trazidas pela pandemia de Covid-19, mas destacou alguns pontos positivos, que possibilitaram a reinvenção do programa.

“A pandemia [de Covid-19] atrapalhou demais o programa, pois quando viemos para cá [para a Band, em 2018], tínhamos começado o primeiro ano com algumas matérias em Recife, como sempre fazemos – e estamos retomando isso – e a pandemia atrasou a gente. O ruim é que ficamos limitados e eu sou a medrosa do Covid”, começou Catia Fonseca, que seguiu:

“A gente faz até hoje testes dias de segunda e quinta. Hoje eu fiz teste. Todo mundo se testa. O primeiro show que eu fui depois de dois anos e meio, eu me sentia ‘pelada’ porque estava sem máscara [peça essencial na proteção ao contágio do Coronavírus]. Me dava uns calafrios e eu pensava que uma hora eu teria que começar a conviver com isso. Para mim, é muito difícil até hoje.”

“Mas, acho que a pandemia trouxe uma coisa boa: fizemos o programa 90 dias de casa e, antes da pandemia, o Rodrigo [Riccó, diretor do Melhor da Tarde] já vinha conversando com os engenheiros da parte técnica da Band para criarmos um sistema em que fizéssemos o Melhor da Tarde fora de São Paulo [onde é realizado ao vivo, na sede da emissora] e gastando pouco”, declarou.

Ela ainda explicou: “Sempre que se joga o sinal para o satélite e volta, inviabiliza e fica carésimo. E aí, eles conseguiram, já estava em um passo bem adiantado. Quando fomos fazer [o programa] de casa [devido à pandemia], eles pegaram aquilo que estava sendo criado e implantaram. Nos primeiros dias corria ao vivo e um programa comigo gravado paralelo. E os meninos [elenco de apresentadores do programa] no estúdio, cada um em seu canto. Isso foi muito bom. Deu uma experiência gigante para nós, embora tenha sito muito exaustivo, pois começávamos às 7h da manhã e terminávamos às 22h, pois tudo era feito lá em casa”.

Catia seguiu contando os bastidores do período em que esteve isolada com o marido em casa, mas realizando o Melhor da Tarde ao vivo, pela internet. “Tínhamos um quarto que era só de caixa de produtos e merchandising. Era bem engraçado, pois chegou uma empresa de sorvetes com caixas gigantes, mas o freezer era caseiro. Onde eu iria colocar tanto sorvete?”, disse, aos risos.

A apresentadora também afirmou que a produção de seu programa já pisou no acelerador diante das flexibilizações diante do avanço da vacinação e das reduções de contágios e mortes por causa da Covid-19.

“Nós já metemos o pé no acelerador. Tem esse reality show, que tem um mês atrás que ele [Rodrigo Riccó] havia criado essa ideia, mas eu não sabia o que era e nem como desenrolar ainda. Mas sabe aquelas coisas que acontecem na hora? Estávamos em um evento e decidi andar pelo local para não ficar parada na feira. Conversamos com alguns clientes e Rodrigo ofereceu [a ideia do reality], então, um parceiro já está interessado e estamos conversando”, revelou.

Casada com o diretor do programa, Cátia Fonseca explicou como concilia o casamento e o trabalho:

“A gente consegue separar um pouco mais do que outros casais, porque eu conheci ele na Record e trabalhávamos juntos, ele como diretor e eu como apresentadora. Eu tomo bronca como todos os outros. Não muda nada. Eu falo demais, ele briga. Falar que não levamos trabalho pra casa… Tem coisas que precisamos decidir em casa. Hoje fizemos uma reunião com um parceiro às 9h da manhã, então, não tem como. Mas separamos bem as coisas e eu só me meto em assuntos que me cabem. Assuntos da direção ficam com ele. Eu não dou pitacos. Deixa de ser profissional e acaba sendo pessoal”.

A famosa, então, brincou sobre ser chamada de “Rainha dos Merchans”. “Eu acho que define também. E isso não me incomoda. Acho isso ótimo. Eu batalhei a vida inteira para conseguir fazer as empresas olharem para mim e que elas quisessem associar a minha imagem ais seus produtos e isso pra mim é muito bom”, divertiu-se.

Catia Fonseca desabafa sobre Faustão na Band

A contratada da emissora paulista respondeu também sobre a chegada de Fausto Silva à Band, nos últimos meses, e como isso alterou a rotina dentro do canal de televisão.

“Mexeu, pois sempre queria ver o Faustão e participar da ‘Pizza’ [quadro do programa Faustão na Band], então, eu fui [risos]. Mexe desse jeito. Eu acho muito legal e quando soube que o Faustão viria pra Band eu enxerguei como uma grande oportunidade para a Band ter de volta o Faustão que começou aqui, acima de tudo, para nós termos um grande parceiro e sabermos como isso é importante”, analisou.

“Eu falo com todos aqui e cada um que vai chegando, vai somando e enriquecendo a nossa emissora e isso é muito bom. Fausto Silva traz algo que é muito mais interessante que isso: é a realização de um sonho de todo mundo que cresceu vendo Fausto Silva ter esse encontro com ele no corredor e falar: ‘Nossa, Fausto Silva’. Enriqueceu demais nesse sentido, como profissional e como fã. O peso dele comercialmente e para a imagem da emissora, foi imprescindível e importante. Cada um que vem, agrega de uma forma diferente e Fausto é Fausto. Não tem como substituir.”

Fonseca também comparou o Melhor da Tarde de 2018 com a versão atual e que houve uma mudança no formato da atração conforme a vontade do público.

“É outro programa completamente diferente. A gente chegou com uma ideia de fazer um Melhor da Tarde, que depois foi se descontruindo, pois não faço programa para mim. A gente faz para o público. Quando entramos no ar, ao vivo, dependendo de como o Rodrigo [Riccó, diretor do programa] sentir o público, ele muda totalmente o programa. Inverte as sequências, pois o público não quer aquilo”, destacou.

Então, o Melhor da Tarde foi se tornando o que é hoje e se modificando de acordo com o que o público da gente gosta de ver e quer neste momento. Pra mim, isso é ótimo, pois acho maçante a monotonia do dia a dia, então, é ótimo ter que mudar todo dia, pois você não sabe o que vai acontecer. Como aquariana, meio louca, não à rotina, e não temos nada de rotina aqui”, completou.

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Reuber DiirrReuber Diirr
Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!