“Celebridade” tem tudo para (re)cair no gosto do público

Juliana Paes e Deborah Secco roubam a cena em “Celebridade”

Não era tarefa fácil para a Globo escolher, para o “Vale a Pena Ver de Novo”, uma substituta à altura do sucesso da re-reprise de “Senhora do Destino” (2004) – a maior audiência da faixa desde 2009.

Nesse contexto de grande expectativa, a volta de “Celebridade” (2003) teve aprovação quase unânime. Não só pela escolha do título em si, mas pelo que ela representa: o fim do conservadorismo imposto pela classificação indicativa do Ministério de Justiça, que obrigou a predominância de folhetins das seis e das sete na faixa vespertina de reprises, em detrimento dos enredos “proibidões” do horário nobre. O que aparentemente (e felizmente) já não tem mais razão de ser.

Mesmo exibidos praticamente a conta-gotas, compartilhando a faixa com os capítulos finais da saga de Maria do Carmo (Susana Vieira), esses primeiros episódios já serviram para recordar bem ao público algumas das qualidades que fizeram de “Celebridade” um sucesso de público e crítica em sua primeira exibição.

As cenas iniciais, é verdade, aborreceram um pouco por um certo didatismo na apresentação dos personagens e dos conflitos. A novela não demora, porém, a engatar um bom rumo e envolver novamente o espectador com suas tramas, dramas e alívios cômicos – com as abiloladas Darlene (Deborah Secco) e Jaqueline (Juliana Paes, esbanjando naturalidade e carisma), o tipo de figura que já ganha de cara a simpatia da audiência.

Cabe destacar e felicitar também a perícia da nova edição. Com exceção do trecho em que Marcos (Márcio Garcia) dá uma coronhada em Laura (Cláudia Abreu) ao sequestrar Maria Clara (Malu Mader), pouca coisa foi cortada, e ainda assim, com a maior prudência e discrição. Até o famoso “Darlene, com D de dar” da personagem de Deborah Secco, ao contrário do que se especulava na mídia, foi mantido. O famigerado topless de Juliana Paes, por sua vez, foi preservado no contexto sem a necessidade de mostrar novamente os seios da atriz – devido ao horário – como na exibição original.

Novelão de primeira linha, “Celebridade” tem tudo para se firmar como um sucesso nas tardes da Globo – senão mantendo o êxito de “Senhora do Destino”, ao menos garantindo índices razoáveis à faixa. Acima de tudo, porém, uma coisa é certa: o “Vale a Pena Ver de Novo” de agora em diante não será mais o mesmo dos últimos anos.

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Felipe Brandão é jornalista diplomado pela Faculdade Pitágoras (PR) e atua desde 2010 escrevendo sobre televisão e cinema. Aficionado por entretenimento, com predileção especial pelas novelas – nacionais e estrangeiras -, possui passagens por veículos como as revistas “Conta Mais” e “TV Brasil” e integra desde 2016 a equipe do RD1, nas funções de redator e editor-assistente.

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