Chico César virou alvo de comentários racistas no programa Fala Conde, que é transmitido na cidade de Conde, Paraíba. O músico foi chamado de “negrinho” e “praga” em comentário do apresentador Byra de Jacumã.
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“Acabaram com nosso carnaval, que era nosso cartão postal. Fizeram um carnaval para eles. Era aquele negrinho tocando violão nu, como era o nome dele, de Catolé do Rocha? Esqueci o nome daquela praga, ninguém se lembra mais dele. Deixa para lá”, disparou Byra de Jacumã.
Em seguida, o apresentador do programa da rádio, então, garantiu que se referiu a Chico César ao ser perguntado por Renato Vieira, outro comandante do formato.
No Twitter, muitos internautas detonaram o radialista e o acusaram de racismo. “Chico sofreu um preconceito criminoso e cruel. É simplesmente um dos melhores cantores e compositores do Brasil”, afirmou um usuário da rede social.
“Criminoso! Deveria ser preso. Chico César é patrimônio cultural deste país. Sorte da música brasileira tê-lo. Esse vexame de país. Saibam!“, escreveu outro.
Até o momento, Chico não se pronunciou sobre o episódio polêmica. Após a repercussão negativam Byra resolveu comentar a sua fala e pediu desculpas ao artista.
“Em um momento onde o mundo todo incrimina o racismo, eu sofro racismo constantemente na minha vida pessoal, profissional e não poderia ter agido dessa forma. […] Gostaria muito de pedir desculpas e dizer que isso jamais vai se repetir”, declarou.
Depois da polêmica, a prefeitura de Conde também divulgou uma posição oficial para indicar que o programa não tem vínculo com a gestão municipal.
“A Prefeitura Municipal de Conde vem, através desta, esclarecer que o programa ‘Fala, Conde’ é uma produção independente, sem vinculação institucional com a gestão municipal. Desta feita, não pode ser responsabilizada ou ter atrelada a sua imagem a qualquer comentário, ou opinião que por ventura seja feito no referido meio de comunicação“, comentou a gestão.
A Prefeitura ainda salientou: “Isto posto, é importante deixar claro que a gestão municipal repudia e não compactua com quaisquer atos discriminatórios, nem muito menos de racismo. Nesse sentido, tem inclusive adotado políticas públicas para diminuir o histórico fosso de desigualdade infelizmente ainda existente em nosso país”.
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