Drauzio Varella provoca Bolsonaro na Globo após 100 mil mortes

Drauzio Varella
Drauzio Varella criticou o Governo Federal em vídeo para o Fantástico (Imagem: Reprodução/ Globo)

Um dia após o Jornal Nacional tecer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Drauzio Varella fez o mesmo, desta vez no Fantástico, da Globo, neste domingo (9).

O médico oncologista e cientista criticou as ações do governo federal e do presidente no combate ao coronavírus, após o Brasil alcançar a marca de 100 mil mortes pela doença. No mesmo dia, o político reagiu às críticas e disse que a emissora sempre espalha “pânico na população e a discórdia entre os Poderes”.

Em vídeo para o semanal, Drauzio afirmou que faltaram informações na China no início da epidemia e que muitas pessoas, inclusive ele, não “previram a gravidade do vírus”. O médico também disse que o país teve a oportunidade de observar como outros países, principalmente na Europa, mas ainda assim o governo e chefe do Executivo pecaram nas ações.

Tivemos mais de um mês para nos organizar para chegada do vírus. Pela experiência nos outros países, soubemos que era fundamental adotar o isolamento social, usar máscara e testar a população. Nesta hora [que chegou ao Brasil], não tivemos testes nem ação coordenada do governo, porque nossa autoridade máxima negou o perigo que corríamos, provocou aglomerações e fez questão de andar por aí sem máscara”, desabafou.

Drauzio Varella afirmou que o resultado da pandemia no Brasil foi desastroso e ainda garantiu que perdemos o controle sobre ela. O médico, no entanto, elogiou o SUS (Sistema Único de Saúde), mesmo que haja ainda problemas no sistema.

“Outros políticos e uma parte da sociedade seguiram o mesmo comportamento. O resultado não poderia ser o mais desastroso. Perdemos o controle da epidemia. Os mais pobres, negros, que vivem em lugares de difícil acesso — como os indígenas — e os que moram em comunidades com estrutura precária formaram a maioria das 100 mil mortes. O SUS tem sido heroico, mas tem que ser preparado para atender a demanda dos locais em que a epidemia se alastra”, disse ele.

O médico completou: “Ainda há tempo para reduzir as dimensões das nossas tragédias. Desde que o governo federal e demais autoridades se empenhem em testar e conscientizar a população de que andar por aí sem máscara e distanciamento é fazer a epidemia durar muitos meses e prolongar o sofrimento das famílias mais pobres”.

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