Para dar fim à polêmica, o “Encontro” desta terça-feira (22) resolveu falar abertamente sobre a repercussão negativa gerada após o programa questionar na semana passada quem deveria ter prioridade em um salvamento: um policial ferido levemente ou um traficante em estado grave.
Porta-voz da Polícia Militar no Rio de Janeiro, o major Ivan Blaz foi convidado para comparecer ao estúdio. Logo no início da atração, Fátima Bernardes se pronunciou sobre o episódio. “O que me surpreendeu, especialmente nas redes sociais, foi como se o programa tivesse feito uma opção uma traficante e não pela polícia. Jamais nós estaríamos ao lado de quem está fora da lei. O ‘Encontro’ vai estar sempre aberto para manifestações de pessoas que trabalham pelo bem comum legalmente”, defendeu-se.
Sem meias palavras, o major admitiu que um milhão de agentes de segurança se sentiram ofendidos. E procurou contextualizar a reação negativa. “Quando a gente pega um pano de fundo de crise ética,moral, política e econômica no Brasil, e observa uma imagem fria, onde há policiais versus traficante e a maioria do público migra para o lado do traficante, remete a uma escolha que já foi feita há dois mil anos, quando a população escolheu Barrabás”, afirmou.
Antes de encerrar, Fátima Bernardes falou abertamente como reagiria se vivenciasse a situação proposta pela enquete. “Nas redes sociais, me perguntavam assim: ‘se fossem seus filhos que estivessem no hospital, você preferiria que fosse atendido seu filho ou filha ou o traficante?’. Não precisa nem colocar a família, se estivessem ali um policial e um traficante, eu, Fátima, iria socorrer o policial, mas não sou médica, eu poderia fazer isso”, justificou.