Lucas Veloso voltou a falar sobre a morte do pai, Shaolin, que morreu em 2016, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. Em live com o psiquiatra Ervin Cotrik e o medalhista olímpico Thiago Pereira, o ator confessou que viveu um período de dificuldades.
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O também apresentador destacou que, na época em que Shaolin morreu, ele passou a habitar dentro do personagem Lucas, ao qual ele dava vida em Velho Chico (2016), da Globo, como forma de aplacar as dores que sentia naquele momento.
Porém, assim que o folhetim chegou ao fim, ele precisou reaprender a conviver e lidar com o luto. “Eu tinha 14 anos quando ele sofreu o acidente e 19 quando ele morreu. Eu tive que ‘assumir’ esse lugar de pai”, afirmou ele.
“[Na época] estava gravando, fui obrigado a pegar o tijolo que é o luto e engolir sem água e nem nada. E criei um personagem, um universo perfeito… Tudo ia bem e eu amava viver naquele universo do personagem”, destacou o famoso.
O humorista, então, declarou: “Eu passei a gostar mais dele do que de quando era eu. Eu falava como ele, comia como ele e isso me alimentou e me salvou por 14 meses, que foi o tempo que durou a novela. Depois, quando acabou, ninguém precisava mais do Lucas e eu fiquei só com ele, e eu precisava voltar a virar a chave, a ser eu”.
Lucas Veloso desabafa sobre dores
Lucas Veloso confessou que o tempo foi fazendo com que ele aprendesse “a amar” essas dores e ressaltou que, embora elas não tenham ido embora, conseguiu conviver elas.
“Isso sou eu, eu consegui amar essas dores, as minhas dores. Elas não foram embora, a saudade não vai embora, mas você aprende a conviver. A presença da saudade também é uma presença, então eu me permito sangrar em alguns momentos”, desabafou.
O famoso completou: “Eu costumo beber em casa, ouço uma música, lembro dele e choro. Tenho uma ferida que nunca vai parar de sangrar, mas eu aprendi a amar ela”.
