Flávio Tolezani estará de volta à telinha como Roy, seu personagem de Verdades Secretas (2015), que será reprisada na Globo a partir desta terça-feira (24). Na trama, ele é um ex-modelo que se relaciona com Larissa, interpretada por Grazi Massafera. Juntos, os dois se enveredam no mundo das drogas e acabam indo viver na Cracolândia.
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Em entrevista ao colunista Zean Bravo, do jornal Extra, o ator relembrou detalhes da atuação que foi uma das mais marcantes do artista na TV. “Por mais que ele tenha suas atitudes, seu comportamento negativo, ele também é uma vítima da sociedade, do sistema. Roy é um dependente químico e isso tem que ser visto como uma doença, o que não acontece na maior parte dos casos, ainda mais quando se trata do crack”, alertou.
As cenas que ele mais se recorda da produção foram as gravadas na Cracolândia. “Tenho muito forte essa lembrança de estar naquele lugar. Era emocionante, tocante e pesado. Até porque mexia com uma realidade que não é nem um pouco agradável. Era tudo feito para buscar uma verossimilhança grande. Eu, Grazi e os colegas de elenco nos emocionávamos mesmo fora de cena”, contou Flávio, que atualmente está envolvido nas gravações da segunda temporada da série Dom, da Amazon Prime.
Quem também falou sobre as sequências como viciada foi Grazi. Em bate-papo com a colunista Marcelle Carvalho, a artista confidenciou que se apegava na fé e em rituais para gravas as cenas. “Chegava em casa, ia pro banho, fazia as minhas orações, jogava água benta com alfazema na casa, convidava os anjos da guarda. Acredito em energia, gosto de fazer limpeza“, contou.
Mas nem tudo era dificuldade. Segundo ela, os bastidores da trama eram leves, divertidos e prazerosos. “Todo mundo me fala como se fosse pesado, né? Pelo contrário. Eu já passei por personagens, protagonistas, muito mais pesadas. A Larissa não tinha o peso do protagonista, mas dentro da história ela acabou se tornando. Eu gravava menos, tinha mais tempo para organizar as cenas, para me concentrar“, afirmou.
Fato é que a personagem foi um divisor de águas em sua carreira. “Era um desafio acreditar que eu era capaz de fazer alguma coisa de diferente do normal. Porque as pessoas sempre creditavam em mim um personagem de acordo com o meu estereótipo. A Larissa não é diferente, o meu estereótipo ajudou a construção dela, mas foi a desconstrução que fez com que esse personagem brilhasse“, analisou.
