Galvão Bueno relembra polêmicas, brigas e momentos marcantes da carreira

Galvão Bueno
Galvão Bueno foi o entrevistado do “Grande Círculo” (Imagem: Bob Paulino /SporTV)

A entrevista de Galvão Bueno no “Grande Círculo”, do SporTV, levantou polêmicas, tocou em assuntos até então não ditos pelo narrador e, também, mexeu com a emoção de todos no estúdio. A começar pela memória: a chegada de Galvão à Globo, em 1981, e a rivalidade com Luciano do Valle.

“Nós fomos aqueles rivais que um puxa o outros. Nós competíamos na audiência, mas sempre fomos amigos. Quando eu vim, ele ficou com a Seleção Brasileira e eu com a Fórmula 1. Os outros jogos, nós dividíamos. Foi uma honra para mim ter dividido com o Luciano”, revelou.

O narrador também lembrou quando, 5 anos depois, em 1986, quase deixou a Globo por não ser escalado para narrar jogos da Seleção Brasileira, na Copa do Mundo daquele ano – a pedido de Boni, que escalou Osmar Santos.

“Narrei um jogo do Brasil, que foi contra a Argélia. O Osmar teve um probleminha. Só que eu avisei para eles que, depois da Copa, iria embora. Negociei sério para sair, mas o bom senso acabou prevalecendo e eu acabei permanecendo. Não tenho do que reclamar. De 90 para cá, fiz todos os jogos do Brasil”, contou.

Famoso mundialmente ao gritar no tetracampeonato do Brasil, Galvão se orgulha de ter derrubado o modo ‘quadrado’ de narração que existia na Globo. “Se um cara dissesse na transmissão ‘Joga a luva, goleirão!’, imagina o que poderia acontecer. A conversa direta do narrador com o jornalista não podia existir. Com calma, eu fui colocando isso e aquilo”, pontuou.

Sobre a discussão com Renato Maurício Prado, em 2012, Galvão culpou o pavio curto de ambos, e afirmou que o estopim da discussão foi o fato de Renato ter trazido a publico o que a equipe do “Bem, Amigos” discutiu nos bastidores.

“Eu fiquei bravo mesmo. No dia seguinte, ele falou que só faria o programa se eu pedisse desculpas. Tinha que chegar no dia seguinte e brincar como a gente fazia de vez em quando, mas a rede [se referindo à internet] transformou isso numa briga de juramento de morte que não existe. No dia que o Brasil tomou de 7 a 1, nós fomos jantar juntos”, revelou.

Referência na narração da Fórmula 1, Galvão Bueno também falou sobre a amizade com Ayrton Senna, a tristeza de ter que ter narrado a morte do piloto, e a insatisfação de não haver um piloto brasileiro na principal categoria de automobilismo. “Agora, atravessaram o ritmo. Sem brasileiro, o ritmo ficou meio atrapalhado”.

Por fim, Galvão lamentou não ter eternizado a trajetória de Gustavo Kuerten, o Guga, nas quadras. “Me faltou Guga. Eu fiz uma transmissão do Guga numa Olimpíada. Ganhou. Mas me faltou fazer a saga do Guga”, disse ele, que afirmou entender a onda de haters. “A pessoa ter a sua opinião, não gostar de mim, é o direito de todo mundo. Agora, eu também aprendi que o seu direito termina quando começa o do outro. Isso continua. Acho até que melhorou. Eu tomei tanta porrada que agora estou até estranhando”, completou.

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Da RedaçãoDa Redação
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