Na última terça-feira (8), uma sessão entre deputados e senadores derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) à compensação fiscal para emissoras de rádio e TV que serão obrigadas a ceder espaço nos intervalos comerciais para a propaganda partidária.
VEJA ESSA
No início do ano, o “capitão” usou o seu poder de veto no benefício às empresas de comunicação do país, entre elas a Globo, sob a alegação que a decisão foi uma recomendação feita pelo Ministério da Economia.
A imposição do Congresso colocou o governo para escanteio e ajudou os canais de TV e rádios do país, que podem pedir redução de impostos a partir deste ano.
Segundo o Terra, o cálculo usado será a média de faturamento com os patrocinadores das emissoras e rádios entre 19h30 e 22h30, as faixas com valores mais caros.
Assim, a Globo, principal rival do presidente Jair Bolsonaro, conseguirá milhões de reais em renúncia fiscal, o que terá um impacto positivo em seu balanço financeiro no final do ano.
A propaganda partidária, extinta em 2017, dará aos principais partidos políticos inserções de 30 segundos. A quantidade será definida com base no número de deputados de cada partido no Congresso.
Bolsonaro deposita milhões na conta da Globo
Por meio da Secretaria Especial de Comunicação, a Secom, o Governo Bolsonaro deu a maior fatia das verbas publicitárias para a emissora da família Marinho, segundo a Veja. Em 2020, quem liderou o ranking foi a Record, seguida pelo SBT.
Em 2019, o número foi de “apenas” R$ 33,3 milhões. Para desespero dos eleitores do atual governo, as emissoras religiosas perderam espaço na fatia. No ano, a quantia foi de R$ 3,8 milhões, caiu para R$ 3,2 milhões em 2020 e para apenas R$ 1,1 milhão em 2021.
Em 2019, a Record liderou o ranking da verba do governo com R$ 48,7 milhões. O SBT apareceu em segundo com R$ 46,2 milhões. A Globo ficou em terceiro lugar com R$ 33,3 milhões da fatia disponível. Band (R$ 11,1 milhões) e RedeTV! (R$ 5,6 milhões) ocuparam as últimas posições entre as grandes.
Em 2020, a fatia sofreu uma mudança considerável. A Record seguiu na liderança com R$ 57,5 milhões. A Globo roubou a vice-liderança do SBT com uma verba de R$ 50 milhões. O canal de Silvio Santos oscilou para R$ 47,5 milhões.
