Grace Gianoukas fala sobre carreira no humor e desabafa

Grace Gianoukas
Grace Gianoukas falou sobre sua personagem em Salve-se Quem Puder (Imagem: Reprodução / Instagram)

Celebrando 40 anos de carreira, Grace Gianoukas revelou que já enfrentou muitos desafios, incluindo o machismo e o preconceito por ser uma mulher na comédia. Em conversa com a Quem, a atriz contou:

“O maior desafio destes 40 anos de profissão foi ser entendida como uma mulher pensante, que queria quebrar a obviedade instaurada na comédia. Quando comecei, os homens que trabalhavam com humor achavam esquisito uma mulher fazer comédia. Ela não tinha muito que dar a sua opinião. Era para ela apenas repetir o que já existia e ser engraçadinha. Mas ela não podia ser mais engraçada que um homem. Sofri muito preconceito”.

Orgulhosa por ser pioneira em uma comédia que não diminuía o outro, a famosa pontuou: “A comédia era preconceituosa, baseada em apontar as diferenças, um humor adolescente de querer apontar o que achavam que era o ‘defeito’ do outro. Nunca achei isso engraçado e sempre criei conteúdos que dessem espaço para as então minorias”.

“Tenho certeza de que as minhas diretrizes criaram um estilo que influenciou toda uma geração, que hoje está levantando bandeiras e fazendo questionamentos. Fiz isso sozinha durante muito tempo enquanto ouvia muitas críticas e era ignorada pela classe”, completou.

Recentemente, Grace Gianoukas esteve no ar como a Ermelinda em Salve-se Quem Puder. Sobre a trama, a global contou: “Me senti muito abençoada de estar contratada, trabalhando e também por poder fazer uma personagem que levava tanta diversão para as pessoas. Foi uma benção. A personagem foi muito bem recebida pelo público pelo fato dela ser divertida, brincalhona e muito mãezona”.

“Me sinto grata ao universo por poder colaborar com as pessoas neste momento tão difícil com o que eu sei fazer, que é levar entretenimento e alegria. A novela ficava entre dois jornais, que as vezes estavam muito pesados porque a realidade está muito pesada. Então, era um alívio poético e da realidade que ajudou a muita gente, a mim principalmente”, declarou.

A atriz ainda avaliou: “A trajetória desta personagem é uma grande homenagem às mulheres maduras. A redescoberta da sua sexualidade e sensualidade é um incentivo para mostrar que ninguém está morto. E ela termina apaixonada por ela mesma. Uma mensagem de empoderamento muito forte”.

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