O juiz da 4ª Vara Cível de Goiânia, Aureliano Albuquerque, determinou o bloqueio de bens móveis e imóveis, além de R$ 3 milhões das contas bancárias, do ex-capitão da seleção brasileira Cafu, réu em uma ação civil por danos morais e materiais.
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Conforme relatou o juiz, o ex-jogador, juntamente dois empresários, participaram de um negócio com forte indícios de ser uma pirâmide financeira, prática considerada crime no Brasil, segundo o UOL.
A ação foi protocolada pelo Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (IBEDEC-GO), que afirmou que o atleta atuou como embaixador da Arbcrypto. A empresa chegava a oferecer ganhos de até 2,5% ao dia em bitcoins aos seus associados.
Segundo o advogado Fernando Barbosa, 25 clientes da Arbcryto entraram com uma ação, após terem prejuízos financeiros. “Eles já estavam dando como investimentos perdidos, até porque os sócios da empresa já saíram do país. Entramos com a ação na tentativa de reaver os direitos dos investidores porque o caso se assemelha com todos os esquemas de pirâmide conhecidos.”
Além de Cafu, que aparece como o “embaixador da empresa”, foram acionados na ação, os empresários Alexandre Cesario Kwok e Eneas Tomaz. A atuação da Abrcrypto foi comparada pelo juiz Aureliano Albuquerque ao esquema “Avestruz Master”, em que consistia lesar clientes, após eles comprarem supostos avestruzes.
“Trata-se de uma situação já vista em diversas outras circunstâncias, notadamente o caso ‘Avestruz Master’ que conseguiu manter o sistema em funcionamento por alguns anos, mas que ao final se extinguiu com disseminação de forte prejuízo aos que aceitaram participar do sistema. O caso dos autos parece ser idêntico, agora utilizando como fundamento a possibilidade de negociação de criptomoedas, um sistema de difícil compreensão para a grande parte da população e por isso ideal para utilização na Pirâmide”, relatou o juiz.
