A trajetória de Órfãos da Terra chega ao fim nesta sexta-feira (27). A novela de Duca Rachid e Thelma Guedes cumpriu bem seu papel: abordou a questão dos refugiados, elevou a audiência da faixa das 18h, repercutiu nas redes sociais e lançou talentos como Lola Fanucchi. A intérprete de Muna falou com exclusividade ao RD1 sobre a trama e a carreira, antes e depois do sucesso no folhetim.
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“Eu não poderia estar mais feliz e honrada de fazer minha estreia em ‘Órfãos da Terra’. Acho que Duca e Thelma foram primorosas ao tratar de um tema super atual e necessário como a crise das pessoas em situação de refúgio, sem deixar de lado o tradicional estilo do folhetim já amado dos brasileiros! Nossa equipe, liderada pelo Gustavo Fernandez, tem tanto cuidado com a criação dessa obra que eu gostaria de poder citar todos os envolvidos aqui!”, conta Lola.
“Fazer uma novela é um trabalho insano e que só dá certo pela dedicação integral de todas as áreas! Poder aprender e ver de perto o trabalho desse coletivo foi muito apaixonante para mim! Eu, que vim do teatro, me pego suspirando encantada agora pelo audiovisual! A Muna é um grande presente que já marcou minha vida pra sempre! Sentirei muitas saudades e guardarei tudo e todos no meu coração”, completa.
Em Órfãos da Terra, Muna foi de professora de dança do ventre, cúmplice do romance do irmão Ali (Mohammed Harfouch) e de Sara (Verônica Debom), à namorada de Faruq (Eduardo Mossri) e, por fim, neta dedicada de Mamede (Flávio Migliaccio), acometido pelo Mal de Alzheimer.
“Já me peguei várias vezes observando Sr. Flávio e descobrindo o que fazer e o que não fazer para ajudar a melhorar uma cena. Todos os conselhos e dicas que recebi vou guardar para sempre comigo! Espero deixá-los orgulhosos nos trabalhos futuros”, comenta Lola sobre o veterano e outros medalhões do elenco, como Osmar Prado (Bóris) e Nicette Bruno (Ester).
Mas engana-se quem pensa que Lola Fanucchi viveu, desde sempre, da arte. Ela deixou o trabalho com marketing para dedicar-se à atuação. A carreira artística, contudo, não lhe confere a mesma estabilidade.
“Você está em um projeto e quando ele acaba, pode acontecer de não ter previsão alguma de trabalho futuro. Estamos passando por um momento bastante difícil para a cultura. Muitos projetos foram cancelados ou engavetados por falta de incentivos. Infelizmente o que já não era fácil, está ficando mais difícil ainda”, analisa.
“Mas apesar de sentir sim as instabilidades, eu nunca quis voltar atrás. Foi a melhor decisão da minha vida! Sou muito realizada fazendo o que eu amo e espero ter a sorte de poder viver disso até me aposentar”, garante a atriz, dançarina e também cantora.
Agora, livre das gravações de Órfãos da Terra, ela deve se dedicar às três áreas. É apenas isso que Lola pode revelar acerca do próximo trabalho: “Terei que fazer um suspense e dizer que em breve poderei compartilhar novidades nesse tema! Posso adiantar que envolve tudo isso aí que você comentou que eu gosto de fazer!”.
É claro também que ela vai tirar um tempinho para descansar. “Como meu trabalho (seja no palco ou gravando) é sempre o auge da minha diversão, geralmente fora dele eu sou mais caseira. Adoro uma tarde de filmes, séries, cobertor, guloseimas e afins! Num geral quando eu não estou trabalhando com arte, eu estou consumindo arte! Amo ir ao teatro, shows, cinema e como tenho a sorte de ter muitos amigos artistas talentosos, a agenda nesse sentido está sempre cheia!”, comemora.
