Atualmente com 68 anos, Lulu Santos viu de perto o preconceito contra os gays na década de 80. Durante entrevista ao Conversa com Bial, o cantor lembrou de uma canção feito para o período.
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Na época, durante a epidemia de Aids que assolou o Brasil, muitas pessoas associavam a doença com os gays. Lulu, que escreveu a música A Cura, contou:
“(A Cura) especificamente era sobre a cura da Aids. Era a epidemia que grassava naquela época, mas era seletiva, não era tão geral. E é sobretudo sobre os esforços para se achar uma cura por meios científicos”.
Em seguida, o artista falou sobre os esforços para achar um tratamento contra o vírus não era condizente com a proporção que a epidemia estava alcançando:
“Depois veio a se perceber que era um pouco menos seletiva do que se parecia quando chamavam de câncer gay, e a partir daí passou a ser uma preocupação de toda a humanidade”.
“Então a canção é sobre o primeiro impacto das perdas que essa doença trouxe para nós todos, e para mim, já sabedor dessa realidade na minha comunidade”, pontuou.
Cabe ressaltar que A Cura agora tem uma nova gravação, já que Lulu Santos gravou a música com Vitor Kley. “É uma troca, como tem que ser. Não tem uma coisa impositiva, nem reverencial, tem respeito”, explicou o músico.
Lulu Santos fala sobre relacionamento
Em recente conversa com a Glamurama, o cantor falou sobre sua relação com Clebson Teixeira. O famoso, que assumiu o namoro há quase quatro anos, contou: “Não mudou nada e tudo mudou“.
“Permaneço quem eu era, independente do ‘disclosure’. Por outro lado, acho que sou mais sincero, sobretudo com a sociedade. Era um incômodo não me colocar como sou, menos pela questão da representatividade, porque essa é decorrente, e mais por uma questão de coerência, de me sentir íntegro comigo mesmo e não temeroso“, completou.
“Mas o ganho maior é abrir espaço para as pessoas existirem como precisam, como são. É meu direito, é nosso direito. Minha extravagância sempre foi amar“, declarou.
