Atualmente apresentando o Encontro ao lado de Patrícia Poeta, Manoela Soares contou que já viveu em situação de rua. Durante sua participação no podcast PodPah, o jornalista falou sobre o assunto.
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Nascido em Salvador, na Bahia, o global se mudou em 1997 para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na companhia do irmão.
“Morei 20 anos lá. Por volta de 1999, o emprego que a gente [ele e o irmão] recebeu caiu e a gente ficou sem nada… Meu irmão, que foi comigo, voltou. No desenrolo, eu virei morador de rua”, revelou.
Em seguida, o apresentador disse que na época tinha 19 ou 20 anos e recordou: “Na Zona Norte de Porto Alegre tem um viaduto chamado Viaduto Obirici, e eu comecei a dormir ali. Eu deitava umas 23h e 5h da manhã os caminhões já começavam a roncar e você já levantava e dava uma ajeitada”.
Manoel Soares, que viveu nessa situação por quatro meses, explicou que pela manhã ia “bater perna”. “Tentar fazer a vida, né, negão?”, disse.
“Você não vai ficar lá deitado, porque aí, né… Mas eu tinha um bagulho comigo, minha mãe sempre me disse: ‘Ó, negão, não é para meter a mão em nada de ninguém. Não usa droga, não vai traficar’“, destacou.
Manoel Soares revela trabalho que conseguiu na época
No papo com os apresentadores Igor Cavalari (Igão) e Thiago Marques (Mítico), o jornalista disse ainda que trabalhou como segurança de travesti.
De forma errônea, o famoso usou o gênero masculino para se referir às travestis. “Na noite, você acaba descobrindo formas de se sustentar. Então, por exemplo, tinha uns (sic) travestis na rua da frente que eles (sic) não tinham ninguém que cuidava deles (sic)“, lembrou.
“Os homofóbicos iam lá e tacavam pedra neles (sic) e tal. Eles (sic) me chamaram para, se alguém fizesse alguma coisa com eles (sic), era para eu correr atrás do caras”, detalhou.
“Eu era segurança de travesti na noite. A gente está falando de um cara de 20 e poucos anos, negão, grandão, sem nenhuma malícia na vida“, explicou.
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