De olho em 2022 e no eleitorado do Nordeste, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) inaugurou obras inacabadas ou já inauguradas de outros governos com uma intenção clara: alavancar sua popularidade na região de reduto petista. A TV Brasil exibiu o lado pró-governo na íntegra e ignorou protestos contra o “capitão”.
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Bolsonaro esteve ao lado de auxiliares do seu governo e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e chamou a região de “meu Nordeste” em seu discurso. O evento durou mais de 1 hora e 30 minutos e parte dele foi dedicado para alguns recados do Chefe do Executivo aos seus rivais políticos.
Além de Lira, Bolsonaro esteve acompanhando pelo ex-presidente Fernando Collor (Pros-AL). Ele atacou o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) chamando-o de “picareta” e “vagabundo”. Sobrou até para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi chamado de “ladrão de nove dedos”.
Recebido por uma parte pequena de apoiadores, o presidente foi alvo de protestos nas ruas pedindo sua saída imediata do Estado aos gritos de “fora, Bolsonaro!”. Policiais interromperam uma passeata, que acabou paralisando uma das ruas próximas ao evento causando aglomeração.
A TV Brasil se tornou uma arma do Governo Bolsonaro na busca pela reeleição. Percebendo a popularidade cada vez mais baixa do presidente, a emissora transmitiu até jogos de futebol da Seleção Brasileira com menções ao político.
O narrador da partida, André Marques, por duas vezes mandou abraços para o ex-deputado. Nas redes sociais, entre os críticos estava o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que comparou o Brasil com a Coréia do Norte.
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