Marco Pigossi revela distanciamento do pai por causa de Bolsonaro: “Dor profunda”

Marco Pigossi
Marco Pigossi falou sobre a sua relação com o pai (Imagem: Divulgação / Globo)

Marco Pigossi decidiu abrir o seu coração e falou sobre a sua relação homossexual. O famoso revelou que viveu oito anos com um ex-namorado antes de finalmente ter coragem de assumir a sua orientação sexual.

Namorado do cineasta italiano Marco Calvani, Pigossi disse à revista Piauí sobre a sua jornada até esse momento e ainda confessou que se afastou do pai, Oswaldo Pigossi. O motivo? O pai é eleitor de Jair Bolsonaro (PL), depois das eleições de 2018.

Em seu desabafo, o galã ressaltou que na adolescência não tinha referências gays em casa e que acreditava que os sentimentos que experimentava eram passageiros.

“Nas novelas ou nos programas de humor, quase sempre os gays eram retratados de forma caricata, pejorativa. Então, me sentindo solitário e sem amparo, me restava torcer para que fosse apenas uma fase”, pontuou.

Em 2009, Marco Pigossi teve seu primeiro papel de destaque, em Caras & Bocas, de Walcyr Carrasco, onde deu vida a um gay afeminado. “Na minha cabeça, não havia nenhuma margem de chance para eu me assumir. Se fizesse isso, todas as portas se fechariam para mim de forma automática”, contou.

O famoso ressaltou que depois foi chamado para viver galãs, por ter uma “aparência heteronormativa”, mas vivia infeliz. “Seguia me escondendo. Na verdade, eu me fazia passar por um heterossexual por pura e simples manifestação de medo“, afirmou.

Marco Pigossi fala do pai

O artista disse que vive atualmente nos EUA e chegou a fazer terapia semanalmente para conseguir lidar com tudo o que passou. Em 2018, com a eleição, acabou se afastando do pai por conta do voto em Bolsonaro.

“Meu pai votou em Bolsonaro. Durante os oito anos do meu namoro com um homem, minha família sempre soube. Mas meu namorado e eu nunca jantamos com meu pai, que jamais perguntou sobre meu relacionamento”, destacou.

Ele garantiu que os dois já não tinham uma relação tão boa, e o voto em Bolsonaro aprofundou a distância. “Minha vida amorosa era um não assunto. E, quando meu pai votou em Bolsonaro, senti uma dor profunda, uma tristeza profunda (…) Meu pai e eu ficamos sem nos falar durante o ano da eleição – e até hoje temos contatos apenas esporádicos. O abismo, que já era grande, tornou-se ainda maior”, explicou.

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