Marco Pigossi fez um relato de proporções imensas sobre uma atitude de Silvio de Abreu, ex-diretor de dramaturgia da Globo, que defendeu que atores gays não deveriam assumir sua orientação sexual publicamente.
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Em entrevista à revista Piauí, o galã de novelas da Globo afirmou que descobriu a estratégia do então chefão por meio de uma entrevista concedida por ele ao jornal Folha de S. Paulo:
“Em 2010, o ano em que emendei Caras & Bocas direto para a novela Ti Ti Ti, li uma entrevista do Silvio de Abreu, autor de telenovelas e então diretor de dramaturgia da Globo, na Folha de S. Paulo. Ele dizia que atores gays não deviam assumir sua sexualidade publicamente, pois as donas de casa e telespectadoras em geral enxergam o galã como ‘machão'”.
O artista contou que para Silvio “um ator assumido era um bobo, pois a revelação fatalmente prejudicaria sua carreira”. Pigossi admitiu que a entrevista foi muito marcante:
“Era uma declaração clara de que não era bem-vindo que um ator homossexual abordasse o assunto em público – e isso vinha da boca de uma figura de grande proeminência na emissora”.
Marco deixou a Globo e assumiu um compromisso com a Netflix. Por causa disso, deixou o país e foi para Los Angeles, nos EUA, para viver com o namorado, o diretor de cinema Marco Calvani.
Marco Pigossi se defende após episódios
O Zeca de A Força do Querer (2017) disse que “era tudo uma violência”: “Eu estava dentro da Globo, era um ator homossexual. Não era uma manifestação de respeito à sexualidade dos funcionários, além de ser intrigante do ponto de vista profissional: afinal, a vida pessoal de um ator vem antes da sua arte?”.
“Um gay assumido não tem capacidade para viver e interpretar um galã? Eu vivia numa atmosfera de temor. Sonhei inúmeras vezes que os diretores da novela me chamavam no set para dar uma prensa, dizendo assim: ‘Pigossi, você precisa ser mais machão… Seu personagem está ficando gay'”, confessou.
