
Fim da espera. O “Pânico” estreou neste domingo (1º) na Band após quase dois meses fora do ar. Mais que isso, era o retorno ao vivo dos humoristas, que entraram em férias em dezembro do ano passado.
De cara, sem pestanejar, é possível dizer que as expectativas foram atingidas. O “Pânico na Band” lembra os áureos tempos da atração ainda na RedeTV. Os primeiros anos, marcados pelas sátiras, campanhas geniais e tiradas sensacionais. É uma volta às origens na maior categoria. E o público, saudosista, agradece.
O programa, apesar de alguns pontos que precisam ser revistos, como o sem graça do Homem Pássaro, voltou renovado. É louvável a maneira que o diretor Alan Rapp conseguiu imprimir esse novo ritmo e roupagem. O “Pânico” mudou, e para melhor, mas não perdeu a sua essência, que andava um pouco questionável nos últimos três anos. A troca de canal trouxe de volta o estímulo que parecia inexistente. Os humoristas, enfim, saíram da zona de conforto.
Neste primeiro programa, entre algumas coisas que chamaram atenção, destacaram-se dois integrantes da turma. O primeiro, Guilherme Santana, ex-MTV, sensacional na pele de um Otário Mesquita tão caricato quanto o original. Um acerto da direção ao contratá-lo. Que os demais me perdoem, mas seria injusto não destacar a grande estrela do “Pânico”, o Carioca. Márvio Lúcio está um degrau acima de seus companheiros. Que me desculpe Tom Cavalcante, mas Carioca é hoje o maior imitador do país. E não é exagero tal afirmação. O que dizer do seu Boris Casoy? Arrepiante.
A aceitação do público foi imediata. Repito, é uma volta às origens. O “Pânico na Band” estreou com incríveis 11 pontos de média e pico de 14. Empatou com a Record, superou o SBT e a RedeTV, e ficou próximo da Globo. Antes, a emissora não passava de 2 no horário. Uma estreia pra ser comemorada por Emílio Surita e sua turma. Um bando de malucos talentosos.