Fátima Bernardes está comemorando três anos à frente do “Encontro”, matinal pelo qual ela saiu do “Jornal Nacional” para realizar o sonho de ter uma atração própria.
À “Folha”, a jornalista avaliou a trajetória do programa até aqui. “Era um sonho implantar um programa em um horário que tinha desenho. E criar o hábito de as pessoas assistirem levava tempo. No início, até dominar aquela nova casa, usei pouco a plateia. E ela está ali para misturar pessoas anônimas e conhecidas falando do mesmo assunto. Fui me soltando e fazendo coisas que hoje são naturais. Não dá para fazer nada que você tenha que pensar: faço ou não faço. O primeiro programa não poderia ser como está hoje, não seria natural”, disse.
Questionada sobre as danças e brincadeiras que faz no estúdio do formato, Fátima destacou que não perde a credibilidade por isso. “Vi um especial do “Good Morning America” [programa dos EUA] e havia muitos âncoras que passaram por lá e estavam dançando, e ninguém perdeu credibilidade. Tem uma história construída que não invalida nada daquilo. Se peço para um convidado brincar e me recuso a participar, que anfitriã sou eu?”, avaliou.
A esposa de William Bonner também contou ter recebido muitos convites para publicidade: “Sou criteriosa, tem que ir devagar. Estou todo dia no ar, não quero cansar minha imagem nem o telespectador. Não busquei fazer comercial. Quando recebi o convite para essa campanha [de um frigorífico], o ‘Encontro’ estava começando a ter merchandising. Não teria mais por que não fazer”.
Ainda durante a conversa, a profissional comentou a gafe ocorrida quando trocou o nome de Cristiano Araújo por Cristiano Ronaldo. “No programa não me surpreendo com repercussão do erro, mas quando vejo notícia equivocada em relação ao erro. Eu, por exemplo, não noticiei a morte do Cristiano Ronaldo. E eu falei a “gente termina com a homenagem ao Cristiano Ronaldo”. Mas isso tudo bem, tá na internet, tem que filtrar. Se é só uma zoação, tudo bem. a gente quer rir. Eu jamais abriria mão e o prazer de ter um programa ao vivo para fazer um todo programa certinho, quadradinho. Todo mundo erra. O trabalho criativo se faz em cima do erro”, explicou.
Por fim, Bernardes afirmou que a meta é sempre estar focada na atualidade: “Cada vez mais precisa ter esse pé na atualidade. Tem que ser algo sobre o o qual as pessoas estão falando”.