Narrador da Band revela o maior perrengue da carreira durante as Olimpíadas

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Narrador da Band comenta situações emblemáticas durante Olimpíadas (Imagem: Reprodução / BandSports)

Narrador do BandSports, canal de esportes da Band, Álvaro José foi designado para mais uma cobertura olímpica, a 11ª da carreira. Entre os viajantes brasileiros rumo a Tóquio, no Japão, o jornalista de 62 anos falou sobre o maior perrengue que passou por causa dos Jogos Olímpicos.

Segundo ele, sua ida aos Jogos Olímpicos de Seul, na Coreia do Sul, em 1988, foi terrível. “O pior perrengue que eu vivi na vida foi, sem dúvida alguma, o sistema de segurança, não da União Soviética em 80, mas da Coreia em 88, porque tinha sido derrubado um boeing da Korea Air em cima de uma ilha por um míssil soviético, então estava um estado de beligerância”, relatou ao UOL Esporte.

“A gente tinha que chegar no aeroporto seis horas antes, tinham vários check points que nós precisávamos passar e realmente isso foi muito desgastante. Foi um grande perrengue, pois nós precisamos tirar tudo, até a roupa. Agora imagina se fosse na era de hoje, que eles querem averiguar microfone, computador e tudo mais. Não teria condições”, avaliou.

A sua participação no evento rendeu situações extraordinárias. “Eu tive muitos momentos importantes nessas 10 Olimpíadas passadas. Alguns realmente foram mais fortes e emblemáticos. O Joaquim Cruz, em 84, em Los Angeles, quando eu fiz a narração dele ganhando a medalha de ouro. O Aurélio Miguel em 88 também ganhando a medalha de ouro de judô. Em 92, o Rogério Sampaio, também no judô, que foi algo emocionante para mim”, lembrou

“Outra emoção muito grande foi na narração de revezamento de Sydney em 2000, a medalha de prata que já deveriam ter dado ouro para os caras porque o norte-americano Tim Montgorney correu dopado na classificação”, frisou.

Outro momento marcante da carreira do narrador da Band foi a abertura dos Jogos de Pequim, a última de Luciano do Valle (1947-2014). “Foi algo muito tocante e que depois eu vi o tamanho daquela coisa quando nós gravamos Pequim Incrível para a Bandeirantes”, destacou.

“E, por fim, os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, que foi um negócio espetacular. O Tiago Braz vencendo a medalha de ouro e a Olimpíada acontecendo em nosso país”, recordou. Aposentadoria? Não! Álvaro José quer pelo menos mais duas Olimpíadas no currículo.

“Sou um dos raros (jornalistas) que está em atividade e fez a transmissão dos Jogos em Los Angeles em 1984. Imagina o que é entrar no estádio olímpico de Los Angeles e fazer mais uma Olimpíada no mesmo lugar (em 2028). Pouquíssimos profissionais do mundo conseguiram isso”, disse.

“Muitos poucos conseguiram trabalhar em uma Olimpíada em seu próprio país e fazer a transmissão no mesmo país em duas edições tão diferentes com muito tempo de diferença. Para mim, realmente essa é a minha meta. É difícil chegar lá, mas encerraria minha carreira com a chave de uma pirâmide de ouro”, considerou.

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Da RedaçãoDa Redação
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