Com passagens por Globo – onde foi um dos apresentadores do “Linha Direta”, após a saída de Marcelo Rezende – e SBT, Domingos Meirelles está prestes a se desligar da Record. Próximo ao vencimento, seu vínculo com a emissora não será renovado, como alerta Flávio Ricco.
Ele se acertou com o canal em 2014 para comandar o “Repórter Record investigação”. Sob seu comando, o jornalístico tornou-se um recordista de troféus e medalhas. Durante os cerca de dois anos no ar, o programa, que estreou em 28 de abril de 2014, venceu dez prêmios importantes com suas reportagens especiais, obteve uma menção honrosa e ganhou dois prêmios de melhor chamada.
Mesmo diante de tanto reconhecimento, em julho deste ano, a Record decidiu interromper a produção de edições inéditas, embora o programa tenha permanecido no ar na base de reprises. Naquele mesmo dia, a emissora promoveu uma série de demissões: entre os que foram dispensados, estão os jornalistas Ogg Ibrahim e Josmar Jozino.
Um dos mais respeitados jornalistas do país, Domingo Meirelles – que também é presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) – certamente não poderia prever esse desfecho. Vale recordar a profecia que ele fez em sua chegada. “Já estava conversando com várias emissoras, mas no final foi a Record. Eu prefiro a Record. A emissora tem uma tradição em jornalismo e é o momento dela. Eu disse para o meu empresário que conheço um pouco da história. Ela é feita em ciclos e a Record está em um ciclo de sucesso, um ciclo de prosperidade. A Record está botando as unhas de fora. Você pode chamar isso de intuição, mas deste faro eu vivo há 50 anos”. Pelo visto, desta vez o faro do profissional não estava tão apurado.