Primeiro jornalista gay à frente do JN fala sobre se assumir para a Globo

Matheus Ribeiro
Primeiro jornalista gay à frente do JN fala sobre se assumir para a Globo (Imagem: Reprodução / Instagram)

Assim como a Globo e a TV Anhanguera — afiliada da emissora em Goiânia — anunciaram, Matheus Ribeiro apresentará o Jornal Nacional no dia 9 de novembro. Ele se destaca como o primeiro homossexual a assumir a função e o mais jovem até então.

Como já explicamos, o JN promoveu uma ação em que um jornalista de cada um dos 26 estados e do Distrito Federal apresenta o telejornal, em duplas, todo sábado. A iniciativa dura até o dia 30 de novembro. A razão foi os 50 anos do Jornal Nacional.

Matheus deu uma entrevista à revista Veja, e falou sobre a honra de estar à frente de um telejornal de tamanha repercussão nacional: “Sou muito grato. A alegria que tenho como jornalista é poder conhecer realidades diferentes da minha. Não sou um profissional com muitos anos de carreira, tenho apenas 26 anos. É algo que eu não imaginava que pudesse acontecer tão rapidamente na minha vida. Espero poder representar muito bem o povo aqui de Goiânia“.

No início de outubro, ele surpreendeu ao postar uma selfie ao lado do namorado, Yuri Pazarollo, capitão da PM em Rondônia. Na conversa, explica que estão juntos há oito meses e se conheceram no Carnaval de Salvador. Também conta que os dois, em conjunto, tomaram a decisão de deixar o relacionamento público. Por isso, receberam comentários desrespeitosos, alguns embasados em religião.

Sempre recebi mensagens de seguidores falando sobre isso e tinha uma resposta pronta. Minha vida particular não deveria ser um atrativo. Tenho o direito de me resguardar em algumas situações. Meu lado pessoal é pessoal, e ponto. O lado profissional é outra coisa“, explicou o jornalista.

Matheus Ribeiro também confessou o medo de revelar ao público sua homossexualidade e que isso prejudicasse na sua carreira: “Felizmente, para minha grata surpresa, isso não ocorreu. A TV Anhanguera, onde trabalho, e a Globo têm uma mentalidade aberta para valorizar as competências, a despeito de qualquer outra característica“.

Por fim, ele explicou que essas questões pessoais não afetam seu trabalho: “A maior contribuição que posso trazer é mostrar meu trabalho sem me prender a essa questão pessoal. Para combater a homofobia, não preciso ser hétero nem gay: preciso ser apenas humano“.

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