Não é apenas de drama que vivem as telenovelas brasileiras. Por isso, os autores têm se preocupado cada vez mais em colocar personagens que fisgam o público pelo bom humor.
A maioria deles conta com bordões que acabam ficando na cabeça dos telespectadores. Outros apenas com trejeitos, manias ou piadas caem no gosto popular. Se antes esses personagens limitavam-se a um ou dois papéis, normalmente como escada para os protagonistas, atualmente eles compõem núcleos independentes e com histórias próprias.
Em “Império” e “Alto Astral”, atuais enredos das 21h e 19h, Xana (Ailton Graça) e Samantha (Claudia Raia) são garantia de boas risadas. Por isso, o RD1 lista a seguir os personagens mais engraçados e que se destacaram nas novelas nos últimos anos.
Veja:
Giovanni Improtta
Grande amigo de Maria do Carmo (Susana Vieira) em “Senhora do Destino” (2004), Giovanni Improtta criou bordões, utilizados até hoje pelas pessoas, se envolveu com a protagonista e roubou a cena na novela de Aguinaldo Silva. Além das falas inesquecíveis (“Isso é felomenal”), o personagem se vestia de forma extravagante e tinha trejeitos singulares. O sucesso de Improtta rendeu um longa-metragem e presenteou o saudoso José Wilker com um dos papéis mais marcantes de sua carreira e da dramaturgia brasileira.
Odete
“Cada mergulho é um flash!”. Graças à frase e aos absurdos que a personagem suburbana fazia para levar a filha Karla (Juliana Paes) à fama em “O Clone” (2001), a também saudosa Mara Manzan alcançou o seu primeiro sucesso, depois de 30 anos de carreira.
Darlene
Darlene é uma das personagens coadjuvantes que roubaram a cena em folhetins. Apesar de Maria Clara (Malu Mader) e Laura (Claudia Abreu) terem agradado em cheio os telespectadores da trama, “Celebridade” (2003) também ficou marcada pelo papel de Deborah Secco. A manicure fazia de tudo para aparecer, chegando até mesmo a roubar o sêmen de um nadador famoso, apesar de se dar mal e acabar engravidando do cara errado.
Márcia
A manicure interpretada por Drica Moraes em “Chocolate com Pimenta” (2003) conquistou o público tentando ser fina e elegante, mas acabou se apaixonando pelo primo Timóteo (Marcello Novaes), um homem rústico que vivia com ela em um sítio. Márcia ainda teve um caso com o prefeito Vivaldo (Fulvio Stefanini), marido de sua melhor cliente, Bárbara (Lilia Cabral). Exagerada no jeito de se vestir, ela também criou bordões inesquecíveis, como “Eu sou chique, bem!”.
Jamanta
“Jamanta não morreu”. Quem não se lembra deste bordão, utilizado pelo personagem de Cacá Carvalho. Ele viveu um deficiente mental nas novelas “Torre de Babel” (1998) e “Belíssima” (2005), ambas escritas por Silvio de Abreu. O ajudante de mecânico caiu nas graças do público pelas suas falas e seu jeito inocente.
Rakelli
Escandalosa e fã declarada de Luciano Huck, Rakelli se tornou uma das peças-chaves de “Beleza Pura” (2008). A manicure, que tinha como hobby a dança, levava o público ao riso durante os diálogos com sua mãe, Ivete (Zezé Polessa). A personagem rendeu um dos primeiros sucessos de Isis Valverde na Globo.
Olavo
O líder do núcleo cômico de “Passione” (2011), apelidado de “Rei do Lixo”, Olavo garantia a diversão ao lado de Clô (Irene Ravache) e Jackie (Alexandra Richter). O empresário vivido pelo gigante Francisco Cuoco tinha um jeito peculiar de falar e mulheres que brigavam por ele.
Crô
Crodoaldo Valério, ou apenas Crô, era o fiel escudeiro da vilã Tereza Cristina (Christiane Torloni), que ele apelidava de “Jacaroa do Nilo” e de “Soberana de Luxor”. Com trejeitos e bordões, o papel criado por Aguinaldo Silva em “Fina Estampa” (2012) conquistou o público e ganhou filme próprio. O personagem de Marcelo Serrado ainda tinha um amante misterioso (que só mostrava o pé com uma tatuagem) e uma relação conturbada com o “zoiudo” Baltazar (Alexandre Nero).
Valdirene
O primeiro papel de Tatá Werneck nas telenovelas garantiu boas risadas ao público de “Amor à Vida” (2013) e rendeu sucesso à humorista. Confirmada no elenco de “Lady Marizete”, próxima trama das 19h, Werneck viveu a maluquinha Valdirene na história de Walcyr Carrasco. A jovem falava errado, andava de forma desengonçada e ‘atacava’ homens famosos e ricos.