A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou dados preocupantes sobre a TV paga do Brasil. Segundo o levantamento, o setor encara uma das maiores recessões da história e bateu a marca de mais de 156 mil cancelamentos ou cortes por falta de pagamento.
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No final de 2014, quase 20 milhões de brasileiros tinham o serviço contratado, hoje, porém, restaram menos de 14,1 milhões. Estima-se que a perda mensal de usuários cadastrados neste ano seja de 170 mil. Esse número representa mais do que o dobro do ano passado quando a média mensal era de 70 mil contratantes.
Em dezembro, o setor havia perdido mais de 600 mil assinantes. Apenas em março o número foi de 200 mil.
Alguns fatores podem ter evidenciado essa mudança, a exemplo do crise econômica, desemprego, pirataria, concorrência do streaming, má prestação de serviço e conteúdo defasado.
No mês de abril, a operadora que mais sentiu o impacto da crise no segmento foi a Sky (89,4 mil), que é a segunda maior operadora de TV no país com mais de 4 milhões de assinantes. A Claro, que ocupa o primeiro lugar desse ranking, perdeu, no mesmo período, 79 mil clientes – atualmente ela conta com uma base de 6,68 milhões de assinaturas.
Já a Oi, que possui 1,73 milhões de clientes, foi a única que conquistou um breve crescimento: mias de 13,1 mil assinantes. A Vivo, por fim, perdeu 12 mil assinantes e soma um total de 1,21 milhão deles.
Cabe lembrar que essa regressão não é exclusividade das operadoras brasileiras. Nos Estados Unidos, o número de assinantes do serviço de streaming Netflix já é igual à quantidade de assinantes da TV paga. Por aqui, os usuários de canais fechados por meio da pirataria já é próximo do número de pagantes legítimos, conforme divulgado pelo colunista Ricardo Feltrin.
