Vitória Fallavena conta detalhes sobre entrada em Além da Ilusão como fugitiva política

Vitória Fallavena
Vitória Fallavena conta detalhes sobre entrada em Além da Ilusão como fugitiva política (Imagem: Divulgação)

Vitória Fallavena está chegando nos próximos capítulos de Além da Ilusão interpretando a personagem Mércia. A moça será uma perseguida política na trama que se passa na década de 1940.

Com apenas 25 anos, a atriz, formada em Atuação Cênica na UNIRIO, também é professora de teatro, assistente de direção e palhaça. Já estrelou espetáculos como Vamos Fazer Nós Mesmos no Tempo Festival, Noite da Comédia Improvisada e Ópera Piedade. Além disso, trabalhou em campanhas publicitárias para Vivo, Subway, Prudential, Óticas do Povo e vinheta Canal Viva 70 anos.

“Comecei a fazer teatro na infância em Porto Alegre para superar a timidez. Com 15 anos meus pais foram transferidos para o Rio de Janeiro, e voltei para o teatro para fazer novos amigos. Entrei no Teatro O Tablado e me apaixonei, após 2 anos, o professor Cico Caseira me chamou para ser sua assistente e desde então comecei minha carreira na arte. Passei um tempo mais focada no teatro e há quatro anos atrás, comecei a buscar trabalhos no audiovisual também”, revela.

Essa não é a primeira vez que a gaúcha atua em novelas e seriados. Vitória fez participações em Bom Sucesso (Globo, 2019), Amor Sem Igual (Record, 2020) e As Seguidoras (Paramount+, 2022).

Ela revela como surgiu a chance de trabalhar em mais uma produção da Globo.

“Em 2019, conheci o produtor de elenco Fábio Zambroni durante o teste de Malhação, que está agora trabalhando na novela Além da Ilusão. Já conhecendo meu trabalho, ele me convidou para participar como Mércia e fui aprovada pelo diretor”, conta.

Personagem de Vitória será parente do padre Tenório

Na trama, Vitória interpreta Mércia, prima do padre Tenório (Jayme Matarazzo) e fugitiva política comunista, junto ao seu noivo Nathan (Luan Borges). Ambos panfletam por greves e melhores condições de trabalho, o que era proibido pelo presidente vigente, Getúlio Vargas, durante o Estado Novo. A atriz contracena também com Larissa Manoela e Rafael Vitti.

“Mércia é muito forte, corajosa e destemida. Ela também é muito sensível e observadora, buscando sempre ajudar os outros. Acredito que uma de suas funções principais na trama seja revelar as condições que os foragidos da época enfrentavam, principalmente as consequências de confrontar o governo. Mércia luta pelo amor, a considero até uma cúpida. Ela reconhece a paixão entre seu primo padre Tenório e Olívia e os ajuda a aceitarem este sentimento”, explica a atriz.

Vitória está ansiosa para estrear em sua primeira novela de época e relembra a preparação para Além da Ilusão.

“Fiz algumas aulas particulares com as preparadoras de elenco: Marina Rigueira e Thaís Mansano, e assisti a filmes que se relacionavam com o período que passa a novela, como Olga, As Sufragistas e O Capitão Corelli.  Mudei meu cabelo, tirando as mechas loiras que havia feito. Além disso, tive ajuda dos meus colegas de elenco Jayme Matarazzo e Débora Ozório, que foram excepcionais, muito parceiros e generosos”, confidencia.

Antes de decidir seguir carreira como atriz, Vitória cogitou ser jogadora de futebol

Durante a infância, Vitória sonhava em ser jogadora de futebol e chegou a ser apelidada de “Ronaldinha” na escola, tendo praticado o esporte até os 13 anos. Sua mãe quis que ela saísse por medo que ela se machucasse, e a atriz acredita que sua mãe também tenha sido influenciada por estereótipos da época — coisa de menino.

“Era outra época. Eu era uma das únicas meninas que gostava tanto de futebol, além de não existir muita representatividade. Hoje vivemos outro momento, apesar de estarmos ainda longe do ideal, é mais acessível para uma menina sonhar em ser jogadora profissional”, relata.

Ao longo de sua carreira, Vitória passou por diversas áreas até chegar na televisão, incluindo o trabalho como palhaça no Enfermaria do Riso (2017 a 2020), projeto de formação, ação e pesquisa em palhaço de hospital. Projeto que subverte o ambiente hospitalar, trazendo o humor e o riso. Sua palhaça se chama Chantilly.

“Ser palhaça é uma parte muito importante na minha trajetória. A palhaçaria me ensinou a estar no momento presente, no aqui e agora e ser mais disponível para a relação com o outro. Passei a enxergar novas possibilidades e perspectivas do mundo através da máscara do palhaço”, conta.

Vitória é professora de teatro no Tabladinho (RJ) e foi assistente de direção no teatro O Tablado (RJ). Ela acredita que todos esses trabalhos a formaram como artista.

“Amo dar aula e espero um dia também trabalhar como diretora dentro do audiovisual. Essas experiências ajudam muito na atuação, trazem visões complementares. Só sou essa atriz devido a esses conhecimentos que tenho e que me atravessam”, fala.

Após estudar 6 anos no Teatro Tablado, Fallavena conta sobre seus momentos nos palcos.

“Já fiz mais de 10 peças e participei de diversos festivais de esquetes, com dois monólogos. Inclusive, um dos solos foi uma homenagem ao meu falecido mestre Cico Caseira, chamado Do Avesso. O momento mais emocionante que vivenciei no teatro”, encerra.

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Henrique CarlosHenrique Carlos
Apaixonado por televisão e cinema, desde 2009 trabalha com internet. Já passou por grandes veículos de comunicação e teve experiência no rádio. Atualmente estuda para continuar crescendo na área e pode ser acompanhado através do perfil @henriquethe2 no Twitter.