William Bonner, assim como o país inteiro, foi pego de surpresa na noite da última terça-feira (29), após uma matéria da Folha de S. Paulo revelar um esquema de corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19 dentro do Ministério da Saúde do Governo Bolsonaro.
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O jornalista estava ao vivo no Jornal Nacional quando a bomba explodiu, e foi surpreendido com uma mudança na parte final do roteiro do telejornal. No Instagram, Ele compartilhou “BSA”, de Brasília, e um trecho da lauda: “Denúncia Propina”.
Em outro post, William Bonner destacou a palavra propina. “Brasileirismo/Brasil. Quantia que se oferece ou paga a alguém para induzi-lo a praticar atos ilícitos; suborno”, escreveu o âncora do JN na rede social.
“A casa vai cair”, afirmou uma seguidora do global nos comentários da publicação. “A vida de alguém custou R$ 4,99”, alertou outra. “O jornalismo mostra sua força! A verdade nos libertará deste pesadelo!”, declarou um terceiro. “Cirúrgico. Necessário. Obra de arte. Mas uma realidade de doer”, lamentou mais uma.
Representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil, Luiz Paulo Dominguetti disse à Folha de S. Paulo ter recebido do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, oferta de propina de US$ 1 por dose para fechar a compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.
De acordo com o jornal, essa propina teria sido oferecida por Roberto Ferreira Dias, diretor de logística do Ministério da Saúde, indicado para o cargo pelo líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros.
Em nota divulgada na noite de ontem, o Ministério da Saúde anunciou a exoneração do diretor. “O Ministério da Saúde informa que a exoneração de Roberto Dias do cargo de Diretor de Logística da pasta sairá na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (30). A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (29)”, comunicou.
Confira:
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