Às vésperas de completar 72 anos, sendo 56 deles dedicados à carreira artística, Tony Ramos falou sobre a sua fama de bom moço. Em entrevista ao jornal O Globo, o ator comentou a respeito dessa imagem que construiu ao longo dos anos.
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“Tem gente que deve me olhar e dizer: ‘Que cara chato, careta, bonzinho’. Se ser leal às amizades e respeitar as pessoas é ser bom moço, paciência, então, eu sou. Mas não sou exemplo para ninguém”, considerou ele.
Tony ainda lembrou uma cena icônica da sua carreira, quando protagonizou a primeira cena de nu masculino na TV, na novela O Astro, em 1977.
“Não é confortável ficar nu. Noventa por cento dos colegas, se forem sinceros, vão dizer que não é. Invade a privacidade. Era uma época difícil, mas dona Janete Clair (autora) e o Daniel Filho (diretor) negociaram com a censura: ‘Essa personagem vai fazer um voto a São Francisco de Assis, renunciando ao dinheiro do pai, inclusive a roupa do corpo que o dinheiro do pai compra’”, relatou.
Questionado sobre como foi fazer a cena em plena censura imposta pelo regime militar, o artista brincou: “Um susto!”, definiu. “Foi uma cena iconográfica. E lá fui eu, peladão, circulando pelos cenários, pela externa. Sou pródigo em pelos, todos eles eriçados de constrangimento. Ator não tem que ter amarras”, disse o veterano.
Apesar de tanto tempo em vigor, Tony Ramos ainda não pensa em parar. O ator está no longa Aos 45 do Segundo Tempo, de Luiz Villaça, e também escalado para a próxima novela de João Emanuel Carneiro.
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