Após causar burburinho com o lançamento das suas memórias, Xuxa Meneghel vai lançar um novo livro. Desta vez será uma obra infantil com a temática LGBTQIA+, também pela Globo Livros.
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Intitulado Maya, Bebê Arco-Íris, a obra será uma história para crianças na qual a personagem será inspirada na afilhada da apresentadora, de 9 meses, que dá nome inclusive para a personagem-título, que é uma criança criada por duas mães.
A capa oficial do livro traz uma ilustração bem colorida, assinada por Guilherme Francini. A pré-venda teve início nesta sexta-feira (16).
Assim como a sua autobiografia, os recursos arrecadados com as vendas dos exemplares serão revertidos para a Aldeia Nissi, de Angola, e para santuários de animais resgatados de situações de maus-tratos no Brasil.
Desde que anunciou que lançaria o livro, a eterna Rainha dos Baixinhos recebeu inúmeras críticas dos mais conservadores. A loira desabafou contra o comentário de um internauta sobre o seu mais recente livro para crianças. O homem ficou indignado pelo fato da obra ter um casal de personagens do mesmo sexo. A apresentadora ficou irritada e fez um longo texto em sua coluna na revista Vogue.
“As coisas estão cada vez mais insuportáveis. Algumas pessoas acham que somos burras e eu me pergunto: será que eles acham que nós não pensamos, pesquisamos ou nos informamos? Vamos aceitar o que eles falam como fato?”, questionou ela.
Após a introdução, Meneghel explicou: “Estou falando de um indivíduo que disse a seguinte frase, olha só o descaramento: ‘Deus fez o macho e a fêmea, isto é cientificamente provado’. Isso porque eu escrevi um livro para crianças com a história da Maya, que tem duas mães”.
A contratada da Record argumentou que “não aceitar o próximo” que é gay, transexual, macho ou fêmea “é ir contra o mais lindo mandamento: somos todos filhos Dele”, e acrescentou: “Preconceito é crime e usar o nome Dele para isso acredito ser um crime mais pesado ainda”.
Chateada com a situação, Xuxa confessou que sentiu a obrigação de se posicionar após o ataque do seguidor: “Vocês não têm o direito de se meter na vida das pessoas e julgarem elas em nome de Deus”.
“Depois, vi esse senhor com uma camisa onde dizia: ‘Criança veio ao mundo pra ser amada’. Isso eu concordo e assino embaixo, mas nenhuma relação, nem entre ‘macho’ e ‘fêmea’, dá a certeza de que a criança será amada”, alertou.
A eterna Rainha dos Baixinhos trouxe um dado importante para o texto: “Mais de 57,3 milhões de famílias são mantidas por mulheres que criam seus filhos sozinhas – pois foram abandonadas por seus machos – o que significa 38,7% das casas. E 75% das crianças que sofrem algum tipo de violência, seja ela física, sexual ou psicológica, vem de seus responsáveis. Ou seja, de dentro de suas casas. Só em 2019, foram mais de 86,8 mil denúncias”.
“Acredito que usar este argumento, de que elas precisam ser amadas, casou muito com meu livro. Aliás, acho que vou usar essa camisa no dia que o livro for lançado, assim cada vez que esse senhor usá-la, estará fazendo propaganda gratuita do meu livro, já que ele fala só de amor”, garantiu.
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