Regina Casé não vê a hora de ver sua personagem Lurdes, em Amor de Mãe, voltar à telinha da Globo. Após 20 anos sem fazer novelas, essa foi a primeira escalação da artista, que precisou dar uma pausa nas gravações em razão da pandemia do novo coronavírus.
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“Eu estava morrendo de medo antes de começar, porque, além desse tempo todo sem fazer novela, estava acostumada a trabalhar com as mesmas pessoas. Mesma equipe! O mesmo cabeleireiro, camareira, diretor… por mais de 30 anos. Eu me sentia muito protegida naquela situação. Todos esses programas que eu fiz anos e anos [Central da Periferia, Brasil Legal, por exemplo], eu nem ia na Globo. Eu não tinha intimidade com aquele universo dos Estúdios Globo, ainda mais o MG4, que fomos os primeiros”, lembrou.
Durante entrevista à colunista Carla Bittencourt, a veterana contou detalhes de como foi seu retorno ao mundo das novelas:
“Cheguei lá parecendo uma menininha, que saiu da escolinha, do jardim da infância, e chegou numa universidade enorme. Não sabia onde comprava comida, onde a pagava, como marcava o texto. E todos, mas Taís (Araújo) e Adriana (Esteves), em especial, foram minhas guias. Fui muito acolhida. O Zé [José Luiz Villamarim, diretor], eu nunca vi um diretor tão doce e, ao mesmo tempo, firme e sereno. E a equipe, uma loucura”.
Apesar do isolamento social, a atriz afirmou que não perdeu contato com os colegas: “Nesse tempo em que ficamos parados, não teve um dia em que eu não recebesse uma mensagem de uma maquiadora ou do menino que buscava a gente no carrinho elétrico, o Vinícius. Sábado, eu levava uma caixa de som, porque a gente gravava muito no sábado e fazíamos um pagodão. E a gente dançava. Consegui levar o clima bom que tinha no Esquenta e entre os meus amigos para lá. Foi impressionante a acolhida, o carinho. E o medo passou rápido”.
E, pelo visto, Casé gostou tanto que garantiu que o telespectador pode esperar vê-la em novos projetos, e ainda revelou qual o seu desejo para o próximo trabalho:
“Tomara que o mais breve possível. Além de eu ter gostado muito, novela é um trabalho que, diferentemente de um filme ou de uma peça, que tem duas horas, ela tem um ano. Você modifica, corrige o rumo da personagem… Você pode dar nuances diferentes. Você pode ficar boa, má, ter dúvidas. Em duas horas, é difícil ter isso. E é um gênero muito próximo do povo. E eu adoro ver novelas. Eu quero estar mais nesse lugar. Estou louca para fazer uma vilã. Eu só faço boazinha. Todo mundo fala que eu só faço mulheres pobres, nordestinas… e eu tenho o maior orgulho disso! Mas acho que seria muito legal viver uma malvada”.
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