Fabiana Karla revela que não sente falta da magreza e explica o motivo

Falas Femininas

Fabiana Karla abre o jogo sobre o próprio corpo e revela orgulho (Imagem: Reprodução / Globo)

Uma das referências do humor brasileiro, Fabiana Karla sempre mantém o seu espaço na televisão, mesmo durante a pandemia. Atualmente, a famosa está em cartaz com o filme Lucicreide Vai Pra Marte, também fará uma participação no especial Falas Femininas, da Globo, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Apesar de sempre reforçar que nunca sofreu diretamente algum preconceito, a atriz tem consciência da importância do seu sucesso “como mulher, gorda, nordestina e comediante“.

“Desde pequena eu tive a noção de que eu precisava ser muito inteligente e nadar de braçadas. Tenho vários lugares de fala: sou mulher, gorda, nordestina e comediante. Tive muitas conquistas, mas tive também muitas oportunidades. Hoje, sei que contribuo muito mais com minhas formas atuais do que quando eu tinha 60 quilos“, afirmou em entrevista à Kiss FM.

Apesar de destacar a importância da representatividade, Fabiana enfatizou que ser a “gorda que lamenta”, destacando que não fiscaliza piadas sobre seu peso e que “não tem mais idade” para se envolver em polêmicas na internet.

Nunca me vitimizei por nada. Posso dizer que nunca senti o preconceito, talvez pela criação que tive, mas não dá para dizer que ele nunca existiu“, disse a atriz, de 45 anos, que recorreu a terapia durante o isolamento social. “Nessa idade resolvi fazer análise, decidi que queria conversar um pouquinho“, concluiu.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, a famosa pontuou que menos pessoas estão se calando a episódios de gordofobia e acrescentou:  “E acho que ninguém tem de se submeter a nenhum constrangimento, a nenhuma coisa que te deixe em uma situação vexatória, a nada que te constranja, que te humilhe“.

Fabiana citou também a importância da luta feminista e a antirracista para dar voz aos oprimidos, mas fez uma observação importante: “A gente que é gorda fica no limbo, porque o movimento feminista às vezes esquece que gorda é mulher, e o movimento negro esquece que existem gordas negras. A gordofobia fica sozinha nesse grito. Acho que é importante, sim, a gente ver onde está a questão estrutural, entender isso“.

Da Redação
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