Cantora Patricia Marx revela namoro com uma mulher e fala sobre liberdade

Patricia Marx revela sua atual situação amorosa (Imagem: Reprodução / Record)

Patricia Marx fez muito sucesso nos anos 90 e está com um dos seus maiores hits, Quando Chove, de volta na trilha sonora da novela A Viagem, pelo canal Viva e Globoplay, mas vive uma nova vida nos dias de hoje, totalmente diferente da época que estava no auge.

Ela foi uma das crianças do Trem da Alegria e falou com a Quem sobre a canção: “Essa música e esse álbum representaram uma ruptura para mim. Eu vinha de um grande sucesso, o ‘Sonho de Amor’, que representava ainda essa fase adolescente”.

“Era um trabalho solo mais voltado para a grande massa. ‘Ficar Com Você’ foi dirigido pelo Nelson Motta. Fui para Nova York, onde ele morava, para gravar e nessa época conheci de perto o cenário da dance music, que era novidade”, explicou a artista.

“Abracei todo aquele conceito e inclui essa balada que é a ‘Quando Chove’, uma versão em português da canção de Plinio Danieli. Ouvi muito Janet Jackson para me inspirar e tive a sorte da música entrar na novela. Todas as vezes em que ‘A Viagem’ reprisa as pessoas amam”, relembrou.

Na entrevista, ela falou um pouco sobre sua vida pessoal e temas como o machismo na época que estourou: “Tanto no meio artístico como fora dele, os homens sempre queriam estar acima das mulheres e invalidar as que não se deixavam ser controladas por eles”.

“Enfrentei muito esse machismo. Fui criada para agradar os outros. Mesmo quando trabalhei com o pai do meu filho, que foi supergeneroso comigo e sempre me incentivou muito, eu ainda tinha discussões porque não conseguia fazer do meu jeito”, explicou.

“A verdade é que só consegui colocar limites em relação a isso recentemente”, disparou Patricia, que se separou do produtor musical Bruno E., com quem ficou casada durante 18 anos e teve Arthur, de 21 anos. Agora, ela se permitiu viver o primeiro relacionamento lésbico:

“Até minha vida sexual acabou se tornando uma grande ruptura com todo esse universo machista. Finalmente tive a coragem de me assumir lésbica. Me permiti viver isso também porque vi que as relações com os homens não davam certo. Eu tinha interesse em mulheres desde a adolescência, mas reprimia isso porque fui educada em uma época homofóbica que fazia das lésbicas uma chacota. Eu tinha medo. Eu mesmo era homofóbica. Lutava contra mim, me agredia, não gostava de mim mesma, achava que era errado e feio… Eu vivi essa coisa esquisita de me reprimir. Me sentia incompleta e com um vazio mesmo tendo uma carreira, um filho e uma casa. Depois de muitos anos de análise, me permiti experimentar e ver se aquilo era um desejo real. Mudei a minha cabeça e a minha vida. Nunca estive tão liberta”.

Patricia Marx está namorando Renata Pedreira há um ano e tem aproveitado o período de isolamento social para compôr novas músicas: “Estou voltando em um outro momento. Até o registro vocal será diferente. Mas estou fazendo tudo isso bem aos poucos”.

“Já tenho definido mesmo que eu que quero fazer capa. Vai ser uma das minhas artes”, completou.

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Da Redação
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