Apresentador do Conversa com Bial, talk show da Globo, Pedro Bial causou polêmica com um comentário sobre uma possível entrevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o seu programa. Ao Manhattan Connection, ele disse que faria o bate-papo acompanhado por um detector de mentiras.
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O contratado da Globo contou que o líder da esquerda fez uma exigência para a entrevista: que a conversa fosse realizada ao vivo, durante o programa. “Teria que ter polígrafo”, disparou Pedro Bial.
Questionado sobre famosos ou personalidades que rejeitariam um convite para ir ao seu programa, como Lula e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o jornalista fez uma avaliação:
“Você citou dois que dificilmente iriam. O Lula já até disse que gostaria de fazer o programa comigo, mas aí tinha que ser ao vivo. Pode até ser ao vivo, mas aí teria que ter um polígrafo acompanhando todas as falas dele”.
Pedro lançou críticas a Bolsonaro e disse que “o nosso presidente se alimenta do confronto”. “Não fosse assim, teria agarrado a oportunidade de ouro há um ano, quando começou a pandemia, para ser o líder de toda a nação”, cogitou. “Naquele momento todos aceitariam. Tinha um bom ministro da saúde, que começou bem”, lembrou se referindo a Luiz Henrique Mandetta.
Pedro Bial fez uma análise dos confrontos entre o presidente e a imprensa. “Ele [Bolsonaro] poderia, de fato, num momento de pandemia, que é um estado de guerra, se tornar um líder de todos os brasileiros. Mas isso seria contra a natureza do escorpião, aquela velha piada”, provocou.
“Ele vive do confronto e por isso depende tanto de provocar a imprensa”, reafirmou. “Não sei se a imprensa aceita as provocações e não deveria, ou se é característica da imprensa agir assim. Essa relação da mídia e estado nos governos nunca é tranquila”, apontou.
Ex-apresentador do Big Brother Brasil, Pedro comentou sobre o sucesso do BBB 2021. “Na realidade, o que aconteceu nos últimos anos é que esse pessoal que sempre assistiu ao Big Brother agora assume e brinca disso nas redes sociais. Mas ninguém tem os índices de audiência que o Big Brother tem sem todas as classes [sociais] assistirem”, observou.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].