A situação da Record na Angola é bem delicada. O governo ordenou a suspensão das atividades da emissora brasileira, no País. A informação foi dada em primeira mão pela agência de notícias alemã Deutsche Welle e confirmada pelo canal.
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A suspensão passa a valer a partir da meia-noite de quarta-feira (21). Em comunicado, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) disse que a decisão foi tomada após a constatação de “inconformidades” em relação aos requisitos legais para o exercício da atividade jornalística em Angola.
O órgão do governo angolano declarou por exemplo “que a empresa Rede Record de Televisão (Angola), Limitada, que responde pela TV Record África, tem como diretor-executivo um cidadão não nacional”.
O secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Carnaval, declarou que “infelizmente, as direções destas empresas não cuidaram de corrigir ao longo do tempo que vêm operando no mercado angolano. Por outro lado, estas empresas enquanto não procederem a correção em conformidade com os requisitos legais, estarão suspensas do exercício da sua atividade”.
A Record África afirmou, em nota ao UOL, que foi “surpreendida” pela decisão de “inconformidades legais”. Desde 2005 na Angola, declarou que sempre atuou em “legalidade” e que irá buscar esclarecimentos junto aos órgãos competentes, e adotar as medidas legais cabíveis.
“Reiteramos nosso compromisso com nossos colaboradores, de que estamos completamente comprometidos com os mesmos e com a operação construída em mais de uma década de esforço e sacrifícios realizados”, pontuou o comunicado.
Recentemente, cabe lembrar, o bispo Edir Macedo – dono da Record – perdeu o controle da Igreja Universal do Reino de Deus no país africano. Os dissidentes acusam a multinacional brasileira da fé de evasão de divisas e racismo.
Na época, até o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou uma carta ao presidente de Angola, João Manuel Lourenço, demonstrando preocupação e solicitando aumento da proteção a membros da igreja no país africano.
Para a CNN Brasil, o bispo Honorilton Gonçalves, que é o líder da IURD em Angola, negou a acusação de ex-pastores da igreja sobre a suposta venda de templos e remessa de dinheiro para outros países.
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