O ator Joaquim Lopes e sua esposa, Marcella Fogaça, passaram por momentos delicados após a chegada das filhas gêmeas Pietra e Sophia, no dia 20 de março. Por se tratar de uma gravidez de risco e rara, as bebês nasceram com 32 semanas e precisaram ficar na UTI.
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Em entrevista ao jornal O Globo, a cantora lembrou sobre o momento difícil. “Só peguei as duas no colo no terceiro dia. Chorava olhando para cima para não molhar a máscara. No quinto dia, tivemos que ir embora, e deixá-las na maternidade. No estacionamento, desabei. Só não morri porque não posso mais morrer. Joaquim me olhava desesperado. Não há sentimento pior do que deitar na cama do seu quarto sabendo que as suas filhas estão no hospital“, revelou.
O apresentador disse que ele e sua esposa decidiram ficar fortes para ajudar às herdeiras. A situação até o fez recordar de um momento específico com seu pai:
“Quando eu era pequeno, sentia muito medo de avião. A turbulência e a claustrofobia me incomodavam muito. Tenho uma lembrança recorrente: o meu pai fazendo palavras cruzadas enquanto atravessávamos uma tempestade inacreditável. Ele me olhava por cima dos óculos de leitura com o semblante mais pacífico do mundo, dizendo que tudo ia ficar bem. E hoje estou nesse voo, onde as emoções se equilibram e ficam constantemente à flor da pele. Minhas filhas nasceram e, junto com elas, veio uma força infinita. Um otimismo e uma esperança de que tudo ia ficar bem, simplesmente porque agora não pode mais existir a outra opção”.
Joaquim ainda aproveitou para enaltecer Marcella, que precisou visitar as filhas no hospital mesmo durante o pós-parto.
“Seria completamente equivocado e arrogante, achar que eu fui, ou tive que ser, em algum segundo, ou momento, mais forte que a Marcella. Força é passar os primeiros dias de pós-parto com o corte profundo da cesárea e ficar o dia inteiro andando de um lado para o outro numa maternidade, em plena pandemia, tirando leite num lactário, chorando quando dá tempo, segurando a onda de uma verdadeira revolução hormonal interna, administrando esse turbilhão na hora de amamentar as meninas para que elas não sintam nenhuma ansiedade ou tristeza. Voltar para casa durante esses 27 dias sem elas (e a dor lacerante que isso traz) e, ainda, repetir tudo no dia seguinte. Isso é força. Isso é inspirador. Isso é inatingível. Eu estava ao lado da Marcella em todos esses momentos“.
As filhas dos dois tiveram alta no último dia 15 e o ator, claro, foi só celebração ao lado da mulher: “Sem dúvida, foi o melhor dia da minha vida. Não teve nada que pudesse chegar perto daquela sensação de trazer minhas filhas para a casa delas. Ter acesso a elas o tempo todo. Pegá-las sem máscara. Beijar, sentir o cheirinho da cabeça. Toda vez que lembro daquele momento me emociono e sinto extremamente o que senti no dia. Lembro do sorriso entre as lágrimas da Marcella. Foi muito bonito“.
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