No ar em Salve-Se Quem Puder, Carolina Kasting aproveitou a quarentena para rever com o público dois de seus maiores papéis na TV: a Laura de Mulheres Apaixonadas (2003), exibida pelo Canal Viva, e a Mariquinha de Cabocla (2004), clássico de Benedito Ruy Barbosa resgatado recentemente pelo Globoplay. Em conversa com a coluna Curto-Circuito, a atriz refletiu sobre as questões de gênero envolvendo suas personagens e revelou que, se Mulheres Apaixonadas fosse gravada nos dias de hoje, provavelmente a obsessão de Laura por César (José Mayer) teria outro tom.
VEJA ESSA
Em 2003, a personagem criada por Manoel Carlos beirou a loucura por amar demais o patrão, de quem era amante.
“Acho que se Laura fosse vivida hoje por mim, ela teria a oportunidade de refletir sobre si mesma e mudar sua realidade, veria que é preciso a gente se amar primeiro para depois ser amada, coincidência ou não, esta é a fala da minha personagem atual, Agnes de ‘Salve-Se Quem Puder’, para a filha adolescente. Fico feliz que as mulheres tenham tido cada vez maior consciência de si e do seu papel social e pessoal”, comemora a atriz.
Já sobre Cabocla, Carolina afirmou que hoje tem a oportunidade de rever Mariquinha de forma diferente, mais alinhada com as questões atuais sobre as mulheres.
“Ela traz fortemente, em pauta, o feminismo e o amor entre pessoas de diferentes classes sociais. Na época dela, não era comum uma mulher trabalhar e criar sua autonomia afetiva e profissional em relação ao pai provedor. Mariquinha, do seu jeito delicado e tímido, luta pelo seu grande amor, mesmo sendo ele de outra classe social. Uma culta, inteligente, determinada, que seria hoje uma feminista. Com certeza uma personagem icônica que tive a honra de viver”, contou.
Com mais de 20 novelas no currículo, a atriz faz parte do elenco de várias tramas que sempre são pedidas pelo público do Vale a Pena Ver de Novo, como Escrito nas Estrelas (2010), Amor à Vida (2013) e Além do Tempo (2015), mas já escolheu a sua favorita para a vaga que atualmente é ocupada por Tititi (2010):
“Tive o privilégio na minha trajetória de fazer grandes personagens, todas distintas entre si e com intensidades muito fortes. Gostaria de rever o remake de ‘O Astro’, Jamile foi uma personagem muito importante, que deu esse tipo de reviravolta em sua vida, que Laura não conseguiu dar exatamente, apesar de ter ficado com o Téo (Tony Ramos)”.
Casa nova
Olga Bongiovanni volta à telinha em breve, através da TV Evangelizar, do Padre Reginaldo Manzotti. A apresentadora, com passagens por Band, RedeTV! e TV Aparecida, grava o programa Divina Receita direto de sua casa em Cascavel, região oeste do Paraná. Em foco, o preparo de diversos pratos, optando por refeições nutritivas e saudáveis. A estreia está prevista para 17 de maio.
De mãe pra mãe
Fafá de Belém e a filha, Mariana, comandam uma live no próximo domingo (9), voltada “para a mãe, para a avó e pra família”, nas palavras da cantora. O repertório, todo em homenagem ao Dia das Mães, vai incluir canções antigas e populares, hits do rei Roberto Carlos e temas de personagens marcantes das novelas, associadas, claro, à maternidade.
Tipo exportação
Éramos Seis, a mais recente novela inédita das 18h, é a novidade da Globo para o mercado internacional. Os 154 capítulos de aproximadamente 35 minutos da saga de Lola (Gloria Pires) foram comprimidos em 50 de uma hora. A trama de Ângela Chaves chegou ao fim em março do ano passado, com sequências gravadas em meio às medidas restritivas adotadas no início da pandemia de Covid-19.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]