Jean Wyllys usou o seu perfil do Twitter para criticar o apoio de muitos internautas, famosos e políticos a Eduardo Leite (PSDB), que se assumiu gay no Conversa com Bial. O ex-deputado federal lembrou do apoio do governador do Rio Grande do Sul ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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“E qual é mesmo o problema de ser um ‘gay governador’? O reposicionamento político feito (assumir-se agora e só agora) em função da força do movimento LGBTQ é bacana; mas essa subsequente ‘limpeza’ da identidade em nome do suposto mérito individual é um equívoco”, declarou o ex-BBB.
O ativista seguiu: “Sim, devemos nos acostumar a ver gays e lésbicas de direita e até de extrema-direita; só não devemos nos esquecer que eles só aparecem e dão as caras quando 1) nós da esquerda conquistamos o direito para eles; 2) quando estão são tirados do armário; 3) ou por marketing eleitoral”.
“Bacana o governador de direita se assumir gay num país homofóbico como o nosso; acho bacana mesmo; mas já que se assumiu, faça-o sem jogos de palavras para agradar a homofobia liberal”, acrescentou ele.
Jean Wyllys, então, lembrou do apoio de Eduardo Leite a Bolsonaro. “Depois de anos no armário e apoio explícito a um racista homofóbico que se revelou um genocida; após o silêncio diante de todo horror vivido pela comunidade LGBTQ assumida nesse país, no mínimo devemos receber com alguma consciência crítica a saída do armário do governador”, comentou.
“E ainda mais num contexto em que a direita golpista que apoiou e votou num homofóbico racista que se revelou um genocida está desesperada atrás de um títere com óleo de peroba do século XXI: supostamente “verde” e “colorido”, porém neoliberal. Minha sororidade é crítica, sorry”, afirmou o ex-deputado.
Por fim, ele declarou: “É tão ridículo ver heteros querendo impor a nós LGBTQs assumidos e na luta desde sempre que louvemos sem crítica o outing de um governador de direita que até ontem era jagunço de um racista homofóbico que se revelou genocida. Poupem-nos!”.
No Twitter, muitos internautas dispararam contra a atitude de Wyllys. “Jean Wyllys tá completamente surtado nessa rede com o fato do Eduardo Leite ter assumido a homossexualidade. Sem condições”, disse um internauta.
“Jean se considera o dono da pauta, mas seu radicalismo coloca as causas que defende no gueto. Aparta suas ideias da média da sociedade. Só aumenta conflitos e faz política com raiva”, disparou outro. Um terceiro reagiu: “O que Jean faz é um atraso para o debate que a saída do armário de Eduardo Leite representa”.
Sim, devemos nos acostumar a ver gays e lésbicas de direita e até de extrema-direita; só não devemos nos esquecer que eles só aparecem e dão as caras quando 1) nós da esquerda conquistamos o direito para eles; 2) quando estão são tirados do armário; 3) ou por marketing eleitoral
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) July 2, 2021
Depois de anos no armário e apoio explícito a um racista homofóbico que se revelou um genocida; após o silêncio diante de todo horror vivido pela comunidade LGBTQ assumida nesse país, no mínimo devemos receber com alguma consciência crítica a saída do armário do governador.
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) July 2, 2021
E ainda mais num contexto em que a direita golpista que apoiou e votou num homofóbico racista que se revelou um genocida está desesperada atrás de um títere com óleo de peroba do século XXI: supostamente “verde” e “colorido”, porém neoliberal. Minha sororidade é crítica, sorry.
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) July 2, 2021
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]