A Record está banida de Angola desde abril deste ano, após as autoridades locais apontarem irregularidades em sua diretoria. Porém, como alternativa, a emissora buscou um jeitinho de colocar seus conteúdos no ar.
VEJA ESSA
Segundo o Notícias da TV, desde a última segunda-feira (16), o My Channel África está disponível nas TVs angolanas, com produções da empresa de Edir Macedo, mas sem citar o nome brasileiro.
Disponível em empresas de TV a cabo, o canal não possuiu programações locais, diferente da Record África. Atualmente, estão sendo reprisadas novelas, além de programas e realities que são produzidos no Brasil.
O Ilha Record, por exemplo, teve seu nome alterado para fosse exibido sem problemas locais. Por lá, a atração de Sabrina Sato se chama A Ilha – Tudo a Ver, como se fosse um quadro antigo do programa de variedades, que está fora do ar no Brasil desde 2014.
Os Mutantes (2008), Prova de Amor (2005), Topíssima (2018) e Belaventura (2017) são as atrações. A novela bíblica Gênesis ocupa o horário nobre, indo ao ar a partir das 21h. O Power Couple Brasil com Adriane Galisteu está sendo reprisado no fim da noite.
Para o público infantil, o nome usado é My Channel Kids, com uma vinheta de abertura idêntica a que é usado no Brasil com a Record Kids.
Cabe destacar que o nome escolhido não foi por acaso. A marca foi herdade de um canal da Inglaterra, que encerrou as atividades em janeiro deste ano, e também pertencia ao grupo do Bispo da Igreja Universal.
Para quem não lembra, em abril, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias da Informação e Comunicação Social determinou que a Record saísse do ar por causa de irregularidades com órgãos locais. O principal fator responsável pela decisão do governo era que o diretor-executivo do canal não é angolano, mas sim o brasileiro Fernando Henrique Teixeira.
“A empresa Rede Record de Televisão Angola Ltda., que responde pela Record TV Africa, tem no exercício de função de diretor-executivo um cidadão não nacional, e os quadros estrangeiros da empresa que exercem atividade jornalística no país não se encontram creditados nem credenciados no centro de imprensa Aníbal de Melo”, informou o Ministério em comunicado exibido pelo canal público TPA.
A decisão do governo angolano também suspendeu os canais Zap Viva e Vida TV, além de algumas revistas e jornais.
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