Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, assumiu sua sexualidade durante uma edição do Conversa com Bial há alguns meses e foi bastante criticado por não fazer nada pela comunidade LGBTQIAP+.
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Diante da situação, ele voltou a falar sobre o assunto em entrevista ao podcast No Flow e deixou claro que não faz a menor questão de lutar pela causa: “Recebi críticas de gente me cobrando erguer uma bandeira”.
“Mandaram também mensagens para o meu namorado. ‘Estão te pagando quanto para você inventar que é namorado dele’, foi uma delas. Acredito que nem todo gay precisa ser ativista”, disparou.
“Não devo ignorar os temas, claro. Evidente que devem combater o preconceito, evidente que devem fazer enfrentamento desses temas. Mas não necessariamente será a causa da vida da pessoa”, disse ainda.
“Na minha adolescência e juventude, imaginei que pudesse ser gay, mas me recriminei por pensar nisso. Tive então uma namorada por quatro anos. Estava apaixonado, tinha prazer com ela, foi uma grande paixão”, declarou.
Ele também disse que começou a se relacionar com homens há apenas 11 anos:
“Aquele sentimento que tive me pareceu ter sido uma fase. Mas fiquei com um cara quando eu tinha 25 anos. Eu já era vereador quando aceitei isso na minha cabeça, de que era gay”.
“Não sou bi, sou gay. Não ficaria com uma mulher porque estou comprometido e apaixonado. Aliás, estamos comemorando um ano de namoro”, completou.
Vale lembrar que Eduardo namora Thalis Bolzan, pediatra que se formou em Medicina na faculdade federal de Vitória, no Espírito Santo, depois de um tempo morando em São Paulo.
Na época, ele se sentiu sozinho e acabou voltando para a sua cidade de origem. Ele e Eduardo se conheceram nas redes sociais durante a pandemia, no final do ano passado, quando a pandemia estava com altos índices de contágio.
Eles começaram a namorar em novembro, justamente quando o governador pedia que as pessoas não saíssem de casa. Aos 36 anos de idade contou pela primeira vez que é homossexual da seguinte maneira:
“Eu nunca falei sobre um assunto que eu quero trazer pra ti no programa, que tem a ver com a minha vida privada e que não era um assunto até aqui porque se deveria debater mais o que a gente pode fazer na política, e não exatamente o que a gente é ou deixa de ser”.
“Nesse Brasil com pouca integridade a gente precisa debater o que se é, para que se fique claro e não se tenha nada a esconder. Eu sou gay”, disse em seguida.
“E sou um governador gay, e não um gay governador, tanto quanto Obama nos Estados Unidos não foi um negro presidente, foi um presidente negro. E tenho orgulho disso”, acrescentou.
O gaúcho finalizou o assunto dizendo que decidiu se assumir para que possa levar a vida de forma transparente.
“Nunca neguei ser quem eu sou. Eu nunca criei um personagem. Eu nunca tentei fazer as pessoas acreditarem em algo diferente. Muitos políticos tem coisas erradas a esconder. Não vai ser a minha orientação sexual, que não e algo de errado, que vai ser escondido”, completou.
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